Com a regulamentação do CIB, setor imobiliário é desafiado a se modernizar

em Hora News, 19/setembro

A regulamentação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), através da Instrução Normativa RFB nº 2.275/2025, terá um impacto significativo para o mercado imobiliário brasileiro.

Com a nova regra, fica estabelecido que o compartilhamento de informações de imóveis deve ser feito via o Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter), criando uma espécie de “CPF do imóvel”, um identificador único para cada propriedade.

A medida tem um reflexo direto em cartórios, registros e em profissionais que atuam no setor, uma vez que a Receita Federal, a partir de agora, estabelece que informações detalhadas sobre transações, incluindo o valor de referência, sejam fornecidos ao órgão.

A projeção é que este procedimento reforce a segurança jurídica, melhore a transparência e a eficiência fiscal dos processos em todos os âmbitos tributários.

Tecnologia como diferencial competitivo

Apesar dos benefícios, a implementação do CIB enfrenta desafios práticos, como a adequação de registros antigos e a sincronização de sistemas entre diferentes órgãos.

Para o CEO do CV CRM – empresa do setor que desenvolve soluções tecnológicas para a gestão de vendas –, Fábio Garcez, a tecnologia será a chave para superar essas barreiras e transformar a adaptação em uma oportunidade.

“A implementação do CIB marca um divisor de águas para nosso setor. Não é mais opcional, nós precisamos nos adaptar. E quem não o fizer, ficará para trás”, pondera.

Ele ressalta que as empresas que investirem em tecnologia para integrar processos de vendas, registro e contabilidade terão um diferencial competitivo.

“Com o setor em expansão vejo uma oportunidade dupla: de melhoria operacional e de credibilidade junto ao cliente e ao mercado”, analisa.

Neste momento de transição o recomendado é que os envolvidos se preparem e usem a tecnologia de maneira inteligente, como reforça Fábio Garcez.

“Toda mudança gera impacto, por isso é essencial aproveitar de forma estratégica esta fase. Realizar auditoria em registros, investir em sistemas de gestão e capacitação vão guiar este processo com mais segurança”, aponta o especialista.


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