Os bairros com mais imóveis residenciais anunciados no Rio de Janeiro — Copacabana, Barra da Tijuca e Tijuca — concentram uma oferta ampla de tipologias e, por isso, exibem taxas médias de condomínio bastante diferentes entre si. Em outubro de 2025, o valor médio mensal variou de R$ 900 (em Jacarepaguá) a R$ 1.890 (na Barra da Tijuca) nesses polos de maior liquidez, segundo levantamento da Loft com base em 28 mil anúncios ativos nas principais plataformas.
A foto dos bairros com mais anúncios traz também a referência de preço e metragem médios das unidades:
- Copacabana — R$ 1.400 (condomínio médio) | R$ 1.442.345,91 (preço médio) | 121 m² | 12.641 anúncios
- Barra da Tijuca — R$ 1.890 | R$ 2.804.033,79 | 198 m² | 7.161
- Tijuca — R$ 1.110 | R$ 759.258,00 | 115 m² | 5.558
- Recreio dos Bandeirantes — R$ 1.145 | R$ 1.053.994,31 | 137 m² | 4.782
- Botafogo — R$ 1.186 | R$ 1.391.562,46 | 112 m² | 4.508
- Ipanema — R$ 2.106 | R$ 3.602.481,41 | 142 m² | 3.788
- Leblon — R$ 2.000 | R$ 3.850.533,07 | 139 m² | 3.146
- Flamengo — R$ 1.400 | R$ 1.492.696,02 | 137 m² | 2.664
- Jacarepaguá — R$ 900 | R$ 769.963,00 | 108 m² | 2.545
- Centro — R$ 590 | R$ 348.466,00 | 46 m² | 2.126
Nos endereços de padrão mais alto, a taxa média sobe e passa de R$ 2 mil. O ranking dos bairros com as maiores taxas de condomínio ficou assim:
- Lagoa — R$ 2.400 | R$ 3.023.248,37 | 166 m² | 1.943 anúncios
- Ipanema — R$ 2.106 | R$ 3.602.481,41 | 142 m² | 3.788
- Leblon — R$ 2.000 | R$ 3.850.533,07 | 139 m² | 3.146
- Barra da Tijuca — R$ 1.890 | R$ 2.804.033,79 | 198 m² | 7.161
- Gávea — R$ 1.682 | R$ 2.655.596,65 | 197 m² | 876
- Copacabana — R$ 1.400 | R$ 1.442.345,91 | 121 m² | 12.641
- Flamengo — R$ 1.400 | R$ 1.492.696,02 | 137 m² | 2.664
- Laranjeiras — R$ 1.245 | R$ 1.224.515,91 | 133 m² | 2.055
- Botafogo — R$ 1.186 | R$ 1.391.562,46 | 112 m² | 4.508
- Recreio dos Bandeirantes — R$ 1.145 | R$ 1.053.994,31 | 137 m² | 4.782
Segundo a Loft, os valores refletem não só o padrão construtivo dos prédios, mas também a infraestrutura de serviços dos condomínios. Em bairros como Lagoa, Ipanema e Leblon, predominam edifícios com piscina, portaria 24 horas, áreas de lazer e equipes maiores de manutenção, o que puxa a taxa para cima.
Bairros com mais anúncios tendem a apresentar média mais “espalhada”, porque misturam prédios antigos reformados, edifícios médios e condomínios clube. Já nas áreas de alto padrão, a taxa fica naturalmente mais alta pela metragem maior e pela estrutura. “Os bairros com grande oferta de imóveis tendem a apresentar valores médios de condomínio mais variados, porque concentram edifícios de diferentes épocas e padrões”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. “Já os bairros com as maiores taxas são marcados por empreendimentos de alto padrão e metragens mais amplas, o que eleva o custo de manutenção.”
Na prática, o condomínio pesa na decisão de compra e do aluguel — às vezes mais do que se imagina. “Mesmo quando o valor do imóvel está dentro do orçamento, um condomínio elevado pode inviabilizar a escolha. É um custo fixo e contínuo, que pesa diretamente no planejamento financeiro das famílias.”
O estudo da Loft aponta ainda que o condomínio figura entre os três principais critérios do comprador, atrás apenas das características da unidade (metragem, número de quartos) e da localização. Para quem está no garimpo, a dica é colocar o condomínio na conta final — junto com IPTU, reformas e taxas extraordinárias do prédio — antes de fazer a proposta.