Quanto custa ter um apartamento de 3 quartos nas principais capitais do Brasil

em O Antagonista, 27/setembro

Um apartamento em grandes capitais pode custar muito.

Em 2025, a compra de um apartamento de três quartos em grandes capitais brasileiras representa um investimento significativo para muitas famílias. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte refletem diferentes realidades em termos de preços e características dos imóveis. Para além da realização do sonho da casa própria, adquirir um imóvel nessas cidades exige atenção a diversos aspectos financeiros e estruturais.

Na busca pela casa ideal, compradores frequentemente analisam fatores como localização, espaço e infraestrutura. Tais escolhas podem influenciar diretamente o orçamento familiar, transformando a aquisição do imóvel em uma decisão que demanda planejamento e conhecimento do mercado.

Quais são os preços de apartamentos nas principais capitais?

São Paulo

Os valores de apartamentos variam bastante entre as diferentes capitais brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, um apartamento de três quartos com área entre 80 e 120 metros quadrados pode custar entre R$ 900 mil e R$ 2,5 milhões, dependendo do bairro. Locais como Moema e Campo Belo geralmente possuem preços mais elevados devido à popularidade e infraestrutura. Regiões como a Zona Leste e Zona Norte ainda oferecem opções mais acessíveis, mas o crescimento da demanda tem puxado os valores para cima. Áreas próximas a estações de metrô e corredores de ônibus também vêm ganhando valorização extra, acompanhando a tendência da busca por mobilidade urbana.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, bairros tradicionais como Copacabana ainda são opções preferidas, com preços que oscilam entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,6 milhão. Contrastando com isso, áreas mais afastadas, como Taquara e Méier, oferecem valores mais acessíveis, de R$ 500 mil a R$ 900 mil, proporcionando diferentes oportunidades para diversos perfis de compradores. Em 2025, também surge a tendência de valorização de bairros da Zona Oeste, como Recreio dos Bandeirantes, em função do aumento de infraestrutura e segurança. Investidores atentos vêm buscando oportunidades nesses locais, de olho em uma possível valorização acelerada.

Belo Horizonte

Já em Belo Horizonte, a situação é similar, com uma média de preços por volta de R$ 1,1 milhão para imóveis de três quartos. A divergência de preços se destaca mais em função da localização, com regiões nobres e centrais sendo naturalmente mais caras que os bairros periféricos. Bairros como Lourdes e Savassi se mantêm entre os mais valiosos, mas áreas como Buritis e Castelo têm atraído quem procura bom custo-benefício e fácil acesso a serviços. O crescimento urbano e o surgimento de novos empreendimentos também seguem influenciando as tendências de preço na capital mineira.

Quais aspectos influenciam o preço do imóvel?

Vários elementos impactam o preço final de um imóvel, e a localização é um dos principais. Bairros centrais, com fácil acesso ao transporte público e serviços, costumam ter preços superiores. O tamanho do imóvel e a quantidade de vagas na garagem também são fatores determinantes; locais espaçosos e com mais opções de estacionamento são bastante valorizados.

O padrão de acabamento diferencia os tipos de imóveis, com construções novas e de luxo alcançando valores significativamente mais altos do que edifícios antigos. Ademais, estruturas de condomínio que oferecem áreas de lazer e amenidades como piscinas e academias também podem elevar o custo de aquisição do imóvel. Nos últimos anos, a sustentabilidade tornou-se uma palavra-chave, valorizando edifícios com certificados ambientais, energia solar e soluções inteligentes de reaproveitamento de água.

Como avaliar o impacto financeiro da compra?

Além do custo do imóvel, potenciais compradores precisam estar cientes dos pagamentos iniciais, como entrada e financiamento que usualmente perfazem entre 20% e 30% do valor do imóvel. Despesas extras com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), escritura e registro cartorário representam de 3% a 5% do investimento total.

Custos contínuos como o condomínio e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) também devem ser considerados, visto que podem somar milhares de reais anualmente. Compradores devem prever essas despesas no orçamento para evitar surpresas financeiras. O uso de simuladores de financiamento imobiliário, disponíveis em bancos e portais especializados, ajuda a estimar o comprometimento da renda antes de fechar negócio.

Quais são as perspectivas do mercado imobiliário em 2025?

No ano de 2025, especialistas sugerem que os preços dos apartamentos em capitais continuarão a crescer, especialmente nos bairros que dispõem de infraestrutura de transporte público robusta e serviços de qualidade. Por outro lado, regiões metropolitanas e imóveis de construção mais antiga podem apresentar melhores oportunidades em termos de custo-benefício, principalmente para famílias que buscam espaço sem comprometer significativamente as finanças.

Enquanto o mercado imobiliário continua a evoluir, compradores interessados devem manter-se informados e avaliar cuidadosamente suas opções para tomar decisões que sejam condizentes com seus objetivos de vida e capacidade financeira. O acompanhamento de portais de notícias do setor, relatórios da FipeZap e a consulta frequente a especialistas também são atitudes recomendadas para quem deseja fazer um bom negócio em 2025.