Empresas ‘brigam’ por espaço no retrofit do antigo prédio da Oi no Leblon

Há quem diga que o mercado corporativo do Leblon anda tão aquecido quanto o residencial. Não é à toa que já tem gente chamando a região de “Faria Lima carioca”. E faz total sentido. Segundo informações de mercado, empresas vêm disputando cada metro quadrado disponível nos poucos edifícios corporativos de alto padrão do bairro, hoje considerado o endereço comercial mais caro do Rio. O portfólio é restrito, e as torres comerciais do Shopping Leblon e do Rio Design abocanham boa parte da oferta disponível

Um dos exemplos atuais é o antigo prédio da Oi, na Humberto de Campos, a poucos metros do Shopping Leblon. O imóvel foi adquirido pela gestora HSI em uma operação que levou mais de um ano para ser concluída, avaliada em mais de R$ 200 milhões. Após a compra, a gestora destinou outros R$ 400 milhões para modernizar o espaço em um retrofit que deve reposicionar completamente o edifício no mercado.

À frente da reforma está o escritório francês Triptyque Architecture, que assina projetos de peso em São Paulo e agora estreia no Leblon. O prédio corporativo terá 20 mil m² de área bruta locável, com lajes de 1.500 m² e flexibilidade para receber desde ocupantes de apenas 200 m² até companhias que pretendam ocupar todo o imóvel. Se houver interesse, o prédio inteiro ainda estaria disponível.

O cronograma prevê a entrega do empreendimento em julho de 2026, e já existe fila de empresas de diferentes setores, de tecnologia a óleo e gás, interessadas em se instalar por lá. O aluguel deve girar em torno de R$ 320 por metro quadrado — patamar que coloca o endereço entre os mais caros do país.

O movimento se explica pelo cenário de escassez. No trecho do Leblon e Ipanema, a vacância de escritórios de padrão A+ está abaixo de 5%. Ou seja, praticamente não há oferta para atender a demanda de grandes empresas que buscam lajes modernas, bem localizadas e com serviços de alto nível.