Setor de materiais de construção civil fica estável em junho

em GiroNews, 5/setembro

Em um cenário em que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,1% em junho, conforme dados recém-divulgados pelo Banco Central, o varejo da construção civil registrou vendas praticamente estáveis em quase todo o país. Segundo a última edição do Termômetro JS+ Anamaco, estudo sobre performance e tendências do varejo, elaborado pela vertical de inteligência da Juntos Somos Mais, a percepção geral na variação das vendas nas lojas de materiais de construção cresceu apenas 1% de maio para junho, indo de 35% para 36%, sendo que a região Nordeste do país foi a única que percebeu um movimento de alta nas vendas (44%). Enquanto isso, prevaleceu a percepção de manutenção nos negócios do Sudeste (51%), Sul (40%), Norte (54%) e Centro-Oeste (46%).

Entretanto, a quantidade de lojas com aumento nas vendas em junho superou o das que perceberam queda em todas as regiões. Nesse sentido, a região Sul apresentou o menor crescimento, com a percepção negativa atingindo 25% dos varejistas locais. Na comparação com junho do ano passado, todas as regiões apresentaram resultados inferiores na taxa de lojas com crescimento, exceto o Nordeste, que foi de 42%, em 2024, para os 44% positivos deste ano. Já o percentual de lojistas que estão otimistas para os próximos três meses apresentou um aumento, de 69% em maio, para 73% em junho. Na análise por segmento, as lojas mais focadas em material básico são as mais otimistas em relação ao próximo trimestre do ano, com 81% dos vendedores apostando no salto de vendas. Para as lojas em geral, 69% esperam crescimento, 27% preveem manutenção e apenas 4% projetam queda.

Sell-in

O levantamento também trouxe dados sobre sell-in (venda do fabricante para o lojista), indicando a mesma tendência de estabilidade nas vendas em junho em relação ao mês anterior – o crescimento foi de 0,2%, após alta de 13% observada de abril para maio. Ainda em junho, os preços do setor cresceram 0,1%. O estudo reafirma a tendência de aumento consecutivo, medido mês a mês, do pessimismo do setor com relação às expectativas das ações do governo nos próximos 12 meses. De janeiro a junho, esse sentimento foi de 16% a 43% (+27%). Enquanto isso, o otimismo murchou, caindo, no mesmo período, de 58% para 23% (-35%).


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