Setor Imobiliário Desafia Altas Taxas de Juros e Aumenta Receitas e Lucros: Confira os Resultados das Principais Empresas!
em Guleal, 1º/setembro
O Mercado Imobiliário em Alta no Brasil: Resultados do 2º Trimestre de 2025.
Em meio à disputa entre juros altos e a busca incessante pela casa própria, o mercado imobiliário brasileiro revela-se como o grande protagonista. Os dados da temporada de balanços das construtoras mostram que, no segundo trimestre de 2025, as empresas listadas na B3 alcançaram um Valor Geral de Vendas (VGV) de aproximadamente R$ 15 bilhões.
Faturamento em Alta
Apesar de algumas exceções, o cenário no setor imobiliário foi marcado por um aumento no faturamento, aumento da receita e robustez na produção. O segmento de alto padrão se destacou, com as construtoras reportando melhora nas margens brutas e crescimento nas vendas. Por outro lado, o segmento econômico registrou um período de estabilidade e recuperação, com construtoras como Cyrela e Tenda mostrando um crescimento sólido, conforme aponta Tales Barros, líder de renda variável da W1 Capital.
Ele também destaca que a MRV, embora enfrentando dificuldades fora do país, apresenta sinais de recuperação em suas operações brasileiras.
Desafios Persistem
Ainda assim, o setor deve manter cautela diante de desafios macroeconômicos, que podem impactar o consumo e o acesso ao crédito. As taxas de juros, fixadas em 15% ao ano, não devem sofrer alterações significativas até o fim do ano, conforme percepção do mercado. A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) mostrou deflação de 0,14% em agosto, um sinal positivo, mas que precisa ser acompanhado com atenção.
Max Fuji, sócio da gestora de fundos REC Gestão, acredita que o cenário é encorajador. Os resultados das construtoras podem ser um sinal de recuperação para a economia brasileira. Ele menciona que a expectativa de redução da inflação nos próximos anos indica a possibilidade de cortes nas taxas de juros, o que seria benéfico para as grandes incorporadoras.
Resultados das Principais Construtoras
A seguir, alguns dos destaques dos resultados das principais construtoras brasileiras:
Cury
A Cury, uma das principais desenvolvedoras do centro do Rio de Janeiro, lançou R$ 2,2 bilhões em VGV no último trimestre, com receita líquida de R$ 1,3 bilhão e margem líquida de 19,8%. A empresa, que completou 25 trimestres com geração de caixa positiva, planeja manter um ritmo forte de lançamentos, visando regiões estratégicas.
Lavvi
Com o lançamento de dois empreendimentos de alto padrão, a Lavvi totalizou um VGV de R$ 1,2 bilhão e vendas líquidas de R$ 781 milhões, crescendo 4% em relação ao anterior. A empresa também adquiriu novos terrenos, mantendo um índice de alavancagem financeira saudável.
Eztec
A Eztec alcançou um VGV de R$ 490 milhões no trimestre, registrando um aumento de 66% no EBITDA e margens líquidas de 31,1%. A companhia se mostrou focada na expansão de indicadores operacionais.
Plano & Plano
A Plano & Plano apresentou R$ 1,4 bilhão em novos projetos, impulsionada pelo lançamento do NID Alphaville, voltado para a classe média. Destaca-se também o crescimento do banco de terrenos da empresa, que alcançou R$ 32 bilhões em VGV potencial.
Tenda
Focada em habitação popular, a Tenda lançou 9 empreendimentos, totalizando um VGV de R$ 1,08 bilhão. Apesar da queda no preço médio das unidades, a construtora alcançou um lucro líquido recorde de R$ 203,9 milhões.
Direcional
Com um lucro de R$ 183,7 milhões, a Direcional alcançou sua maior receita líquida de R$ 1,1 bilhão, marcando um crescimento notável em relação ao ano anterior. A empresa também possui uma carteira considerável em financiamentos concedidos aos compradores.
Moura Dubeux
Na liderança do mercado nordestino, a Moura Dubeux lançou seis projetos, alcançando um VGV de R$ 1,86 bilhão e um lucro líquido recorde de R$ 120 milhões, impulsionado por um aumento significativo nas vendas.
MRV
A MRV continua enfrentando dificuldades em sua subsidiária nos EUA, mas apresenta um desempenho positivo em suas operações brasileiras, com vendas líquidas atingindo R$ 2,6 bilhões. A companhia ainda aguarda um segundo semestre forte, com demanda crescente por habitação.
O cenário do mercado imobiliário brasileiro se apresenta recheado de oportunidades, com diversos players mostrando resultados positivos, mesmo em meio a um ambiente desafiador. O acompanhamento da trajetória das construtoras será essencial para entender como o setor se adapta às condições econômicas do país.
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