Aluguel residencial desacelera em julho e sobe apenas 0,06%, diz FGV

em Seu Crédito Digital, 9/agosto

Aluguel residencial desacelera em julho para 0,06%. Confira como isso impacta seu bolso e o mercado. Saiba mais agora!

O mercado de aluguel residencial no Brasil apresentou uma desaceleração expressiva em julho de 2025, com uma alta de apenas 0,06% nos valores cobrados, segundo dados divulgados pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O resultado representa um forte recuo frente ao avanço de 1,02% registrado em junho. Apesar da desaceleração, o cenário continua pressionando o orçamento das famílias que optam por alugar imóveis residenciais, uma vez que os reajustes permanecem acima da inflação oficial do período.

O que é o Índice IVAR e sua importância para o mercado imobiliário?

IVAR: medindo a evolução real dos aluguéis

O IVAR é um indicador criado para acompanhar mensalmente a variação dos valores dos aluguéis residenciais no Brasil.

Diferentemente de índices anteriores que se baseavam em anúncios de imóveis para locação, o IVAR utiliza dados efetivamente coletados de contratos assinados entre locadores e locatários, intermediados por administradoras de imóveis. Isso proporciona uma visão mais precisa e atualizada da dinâmica real do mercado.

Como o IVAR influencia locadores e locatários?

Para locadores, o IVAR funciona como um termômetro para definir reajustes condizentes com o mercado, evitando perdas ou excessos. Para locatários, o índice ajuda a antecipar tendências de preços, possibilitando negociações mais conscientes e planejamento financeiro.

Desempenho dos aluguéis nas principais capitais em julho de 2025

São Paulo: desaceleração acentuada

A maior cidade do país viu a alta do aluguel desacelerar drasticamente, passando de 3,28% em junho para apenas 0,09% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses, os valores subiram 4,22%, indicando um aumento mais moderado, porém ainda relevante.

Rio de Janeiro: queda quase estagnada

O Rio de Janeiro experimentou uma redução na queda dos preços dos aluguéis, com a variação passando de -3,23% em junho para praticamente estabilidade, 0,01%, em julho. No acumulado anual, a capital fluminense teve uma alta de 4,64%, abaixo dos meses anteriores, que estavam em 5,93%.

Belo Horizonte: de queda para leve alta

A capital mineira saiu da queda de 1,34% em junho para uma leve alta de 0,03% em julho. A variação acumulada em 12 meses é a maior entre as quatro capitais monitoradas, com um aumento de 10,31%, refletindo um mercado mais aquecido.

Porto Alegre: pequena alta em ritmo mais lento

Porto Alegre registrou alta de 0,11% em julho, desacelerando em relação ao crescimento de 0,96% em junho. No acumulado de 12 meses, a alta chegou a 5,20%.

Impactos da desaceleração dos aluguéis para famílias e investidores

Para os inquilinos: leve alívio, mas custos ainda sob pressão

Embora a desaceleração dos reajustes possa representar um fôlego momentâneo para famílias que dependem do aluguel, o aumento acumulado ainda supera a inflação oficial, pressionando o orçamento doméstico.

Muitas famílias continuam a enfrentar dificuldades para acomodar reajustes nos contratos, especialmente em regiões metropolitanas.

Para os investidores e proprietários: cenário de cautela

Os proprietários de imóveis para locação enfrentam um mercado com crescimento mais lento, que pode afetar o retorno esperado sobre o investimento.

A desaceleração dos reajustes pode estimular negociações mais flexíveis, mas também aumenta a necessidade de estratégias para manter os imóveis atrativos, como melhorias na infraestrutura e gestão eficaz.

Cenário econômico e fatores que influenciam a variação dos aluguéis

Pressão inflacionária e custos dos insumos imobiliários

Apesar da desaceleração da alta dos aluguéis, a inflação de custos associados, como materiais de construção, mão de obra e manutenção, continua elevada. Isso contribui para manter os preços dos aluguéis acima da inflação geral, dificultando uma queda mais significativa.
Oferta e demanda no mercado de locação

A relação entre a quantidade de imóveis disponíveis para aluguel e a demanda por moradia impacta diretamente o reajuste dos valores. Em cidades com alta procura e oferta limitada, como São Paulo e Belo Horizonte, os preços tendem a subir mesmo em cenário de desaceleração.

Influência das políticas públicas e regulações

Medidas governamentais que regulam contratos, reajustes e proteções aos inquilinos também interferem no comportamento do mercado. Mudanças recentes podem ter contribuído para o arrefecimento dos aumentos em julho.

Projeções para os próximos meses do mercado de aluguel residencial

Expectativas moderadas de crescimento

Especialistas projetam que o mercado deve manter um ritmo mais lento nos reajustes, acompanhando a tendência de inflação estabilizada. No entanto, aumentos localizados ainda são previstos, especialmente em regiões onde a demanda supera a oferta.

Papel da inovação e digitalização no setor imobiliário

A digitalização e a utilização de tecnologias para administração de imóveis e contratos podem facilitar negociações mais justas e transparentes, promovendo maior equilíbrio entre locadores e locatários.


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