Rio investe em retrofit para repovoar centro da cidade
em Ansa Brasil, 8/agosto
Financiamentos estão abertos a investidores estrangeiros. Mais de 450 mil metros quadrados de prédios já passaram por retrofit no Rio
Criados para combater o despovoamento, os incentivos da prefeitura do Rio de Janeiro para a conversão de prédios históricos e comerciais em unidades residenciais concentraram 79% do total de reformas no centro da cidade e trouxeram milhares de novas unidades habitacionais ao mercado.
No total, segundo dados da consultoria Newmark, mais de 450 mil metros quadrados de edifícios com esse perfil já passaram por reestruturação na capital fluminense.
O financiamento também é oferecido pela Caixa, que possui uma estrutura de apoio a investidores, inclusive internacionais, oferecendo entradas de até 50% do valor cheio.
De acordo com declaração do banco à ANSA, a Caixa firmou contratos de retrofit para o programa Apoio à Produção em diversas regiões do Brasil.
No Rio de Janeiro, o modelo ganhou força nos últimos quatro anos graças aos incentivos do programa Reviver Centro, que oferece isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (Iptu), redução do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (Itbi) e maior flexibilidade de uso para estimular projetos. Desde então, segundo dados municipais, 53 propostas foram licenciadas, totalizando mais de 4,3 mil unidades, das quais apenas 60 não são residenciais. No total, nove edifícios são novos e 44 são reformados. Outros 17 estão em análise, o que pode elevar o número final de unidades para 5,7 mil.
Entre os prédios convertidos no centro da cidade, encontram-se estruturas históricas, como o antigo Hotel São Francisco, que deu lugar ao complexo residencial Casa Mauá, e o Passeio 56, localizado na antiga loja de departamentos Mesbla.
No Porto Maravilha, a conversão do Sal Rio Residencial marca a primeira reforma habitacional da região, próxima à Pedra do Sal, palco icônico do samba carioca.
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