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Porto Maravilha ganha cinturão inteligente de vigilância com tecnologia de ponta
em Diário do Rio, 8/maio
Com mais de 40 mil novos moradores previstos, a Região Portuária se antecipa para resolver antigos desafios e conta agora com uma Câmara Comunitária voltada à segurança e ao desenvolvimento local.
Quem passa pela Região Portuária já deve ter percebido desde o dia 1º uma nova patrulha que anda circulando no local. Em motos e viaturas, com pontos fixos de vigia e atenção especial as ‘ramblas’ que conectam uma rua à outra — caminhos antes pouco movimentados, com presença de moradores de rua e sensação de insegurança — os agentes de segurança comunitária já se tornaram parte fundamental da nova rotina do bairro. A ação é uma das primeiras iniciativas da chamada Câmara Comunitária do Porto, criada por lideranças empresariais locais com o objetivo de atender demandas antigas e problemas da região que mais recebe investimentos imobiliários no Rio.
O bairro cresce e a segurança acompanha
Com a chegada de novos moradores e a previsão de crescimento populacional superior a 230% nos próximos anos, a Região Portuária está se redesenhando. Mais de 20 empreendimentos foram lançados recentemente, somando cerca de 12 mil unidades residenciais. O movimento é puxado por incorporadoras e acompanhado de perto por quem já vive ou investe na área — todos atentos à necessidade de estrutura, planejamento urbano e segurança.
Para acompanhar esse avanço, a Câmara Comunitária do Porto começou a atuar, praticamente, junto com a entrega da chave dos primeiros dos novos empreendimentos. Uma das medidas iniciais foi a formação de uma patrulha com quatro agentes, que circulam diariamente em motos e viaturas que permanecem em pontos estratégicos da região. A atuação cobre ruas principais, áreas de passagem e as ramblas — trechos de conexão entre quarteirões que, até então, eram pouco vigiados. O Terminal Gentileza e a Rodoviária do Rio também receberão atenção especial.
Tecnologia inteligente
Além do patrulhamento físico, a segurança também foi reforçada com tecnologia. A startup Gabriel, especializada em soluções de monitoramento urbano, instalou 28 câmeras inteligentes em locais-chave do Porto. As câmeras, chamadas de “Camaleões”, captam imagens em alta resolução, identificam placas de veículos e armazenam os dados por até 14 dias. As informações são transmitidas em tempo real e ficam à disposição das autoridades e dos próprios moradores.
O modelo tecnológico, inclusive, já vinha sendo utilizado em outras áreas do Centro do Rio para coibir furtos e movimentações suspeitas — e agora chega como mais uma camada de proteção. A expansão do sistema incluirá futuramente outros pontos como o Cais do Valongo e a estação Praia Formosa do VLT.
Desde a implantação do sistema, no fim do ano passado, os roubos de rua caíram 33% entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do 5º BPM, responsável pelo policiamento na Zona Portuária. Ainda segundo o relatório, os roubos de veículos seguiram o mesmo caminho e zeraram.
A Câmara Comunitária vem atuando desde o lançamento do último residencial da área, o Pixinguinha, parceria entre a Cury e a Living, que será erguido nas proximidades da Francisco Bicalho. Na prática, a associação funciona como um espaço de articulação entre moradores, síndicos, empresas e representantes públicos. A proposta é garantir que o crescimento urbano venha acompanhado da devida infraestrutura, com vigilância ativa, diálogo e atuação conjunta com os batalhões da PM e a Prefeitura do Rio.