Rua na Gávea desbanca Delfim Moreira e lidera ranking dos imóveis mais caros do Rio

em Diário do Rio, 18/julho

Cada imóvel negociado na via, vizinha à PUC, saiu, em média, por quase R$ 15 milhões

A Loft, plataforma de dados do mercado imobiliário, acaba de lançar o Monitor de Vendas por Rua, levantamento mensal que revela onde estão os imóveis mais caros da cidade. A edição de estreia analisou 8,8 mil transações residenciais feitas entre fevereiro e abril deste ano e identificou as ruas com os maiores tíquetes médios e os maiores preços por metro quadrado no Rio.

Quem aparece no topo do ranking por valor absoluto é a Rua João Borges, na Gávea, onde cada imóvel negociado no período saiu, em média, por R$ 14,9 milhões. Em seguida vêm a Avenida Delfim Moreira, no Leblon (R$ 13,2 milhões), e a Avenida Prefeito Mendes de Morais, em São Conrado (R$ 8,3 milhões). A líder do mercado fica a poucos metros do Shopping da Gávea, aos pés da Floresta da Tijuca. É conhecida pelas enormes mansões (o que justifica o alto valor comercializado).

Entre os bairros com mais ruas na lista de maiores tíquetes médios, o Leblon lidera com seis vias, seguido pela Barra da Tijuca (cinco), Ipanema (três) e Gávea (duas). Jardim Botânico, Lagoa e São Conrado também aparecem.

No recorte por metro quadrado, quem domina é a orla do Leblon. A Avenida Delfim Moreira lidera com impressionantes R$ 55,3 mil/m². Depois vêm a Avenida Epitácio Pessoa, em Ipanema (R$ 33 mil/m²), e a Rua General Urquiza, também no Leblon (R$ 28,6 mil/m²). Mais uma vez, o Leblon se destaca com oito ruas entre as mais caras por metro quadrado, seguido de Ipanema com sete.

O Monitor da Loft considera apenas ruas com pelo menos três transações no período analisado, para evitar distorções. Os dados têm como base os registros do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) da Prefeitura e são atualizados mensalmente.

Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da empresa, os números ajudam o mercado a entender melhor o comportamento de preços em cada pedaço da cidade. Ele lembra que, apesar de restritas a um público muito específico, essas vias também indicam áreas de alta atratividade — o que pode influenciar imóveis de menor valor nos arredores.

No caso da Rua João Borges, a mais cara da cidade, Takahashi destaca que a combinação de silêncio, proximidade da natureza, acesso a serviços e à PUC-Rio forma um conjunto difícil de bater.


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