Centro do Rio concentra boa parte dos prédios corporativos com heliponto; veja quais são

em Diário do Rio, 14/setembro

Doze empreendimentos no coração financeiro do Rio contam com heliponto, diferencial estratégico para grandes empresas.

Antiga capital federal e por décadas centro decisório do país, o Rio de Janeiro ainda mantém posição de destaque no mercado imobiliário corporativo. Boa parte dos empreendimentos de padrão AAA e A+, considerados os mais sofisticados do setor, está concentrada no Centro, núcleo histórico e financeiro da cidade. Entre os diferenciais mais valorizados por empresas de grande porte, o heliponto segue como ativo estratégico.

A cena exibida recentemente no remake de Vale Tudo, com Odete Roitman chegando de helicóptero ao topo do Edifício Ventura, não é apenas ficção. O imóvel, que possui heliponto em cada uma de suas duas torres, é exemplo de uma infraestrutura que garante mobilidade, agilidade em deslocamentos executivos e reforço na imagem institucional de seus ocupantes. Para muitas companhias, sobretudo do setor financeiro e de energia, a possibilidade de decolar e pousar diretamente no endereço corporativo representa economia de tempo e ganho de produtividade.

Mapa de helipontos corporativos no Centro

O Largo da Carioca concentra parte expressiva desses ativos. Além do Ventura, está o Edifício-Sede da Petrobras (Edise), atualmente em obras, e o prédio do BNDES (Juvenal Osório Gomes), ambos com helipontos licenciados. Na Avenida Almirante Barroso, dois ícones: o Edifício Cidade Rio de Janeiro e a Torre Almirante, de padrão AAA, ambos utilizados por grandes players do mercado.

Na região da Praça XV, destacam-se o antigo edifício da Bolsa de Valores do Rio e o Edifício Cândido Mendes, este último com heliponto desativado. O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), com sede monumental no Centro, também mantém estrutura própria. Outros exemplos incluem o Edifício Sedan, antiga sede do Banco do Brasil na Senador Dantas, atualmente em projeto de reativação pelo banco; o prédio do Banco Central, na Presidente Vargas; e o Edifício Senado, desenvolvido pela WTorre e hoje alugado à Petrobras. Na região do Porto Maravilha, o Edifício Barão de Tefé, vizinho à sede da L’Oréal, também conta com heliponto.

A Cidade Nova reúne outro exemplo emblemático: o Eco Sapucaí, projeto de Oscar Niemeyer. O imóvel, que permaneceu fechado por anos, foi reocupado pela Firjan e integra a lista dos poucos empreendimentos da região com heliponto homologado.

Expansão para outros eixos

Fora do Centro, a infraestrutura se mantém em pontos estratégicos da cidade. Na Zona Sul, dois destaques: o Edifício Empresarial Botafogo, voltado ao setor financeiro, e a Torre Rio Sul, considerada o edifício corporativo mais alto do estado. Já na Grande Tijuca, estão o antigo prédio da Golden Cross, hoje ocupado pela Estácio, na Morais e Silva, e o Edihb, da Petrobras, na General Canabarro, ambos equipados.

Diferencial competitivo

O heliponto, além de reduzir o tempo de deslocamento em uma cidade marcada por gargalos viários, reforça a atratividade do imóvel no mercado de alto padrão. Para fundos de investimento e gestores de portfólio, a presença dessa infraestrutura amplia a liquidez e o valor de locação. Em paralelo, representa um ativo simbólico, associado a empresas de porte internacional e a setores estratégicos como petróleo, energia e finanças.


Ver online: Diário do Rio