
Condomínios horizontais: um estilo em alta no Rio
em O Globo / Morar Bem, 9/junho
Os empreendimentos de casas têm infraestrutura de lazer compartilhada, melhor relação custo/benefício da área construída e valorização imobiliária.
Nos mesmos moldes do que se vê em Miami ou Dubai — duas cidades lançadoras de tendência no mercado imobiliário —, os condomínios horizontais vêm se tornando cada vez mais presentes na paisagem carioca. Com uma combinação única entre privacidade e vida em comunidade, esses empreendimentos também se notabilizam pela segurança, já que se trata de um tipo de moradia com controle de acesso e monitoramento 24 horas.
Nesse ambiente protegido, atraente especialmente para famílias com crianças e idosos, os moradores desfrutam de maior privacidade em comparação aos edifícios comuns: cada família tem seu próprio quintal, jardim e piscina (frequentemente) e pode personalizar a casa conforme necessidades e gostos pessoais.
Mas, apesar do apelo à privacidade, os condomínios horizontais também incluem infraestrutura compartilhada, com áreas de lazer completas. É quase como morar em uma pequena cidade. Além disso, segundo as incorporadoras, muitas vezes, um condomínio horizontal apresenta melhor custo/benefício em termos de área construída e valorização.
O CEO da Avanço Realizações Imobiliárias, Sanderson Fernandes, lembra que, durante a pandemia, houve uma demanda significativa por condomínios horizontais e que, mesmo com a volta da vida ao normal, o mercado continuou aquecido para esse tipo de imóvel. Somente neste ano, entre unidades entregues e lançadas, a incorporadora terá 90 casas na Barra da Tijuca, na linha batizada de Collection, com áreas acima de 500 metros quadrados.
— Os condomínios horizontais estão mudando a forma como as casas são oferecidas no mercado. Antes, era comum cada um comprar um lote e construir a casa do seu jeito, o que criava um conjunto muito desigual. Hoje, há um conceito, e as casas são assinadas por arquitetos renomados que desenvolvem projetos atemporais, mas com certa coerência. O produto final tem outra qualidade — ressalta.
Qualidade também é a palavra que marca as casas da Opy Soluções Urbanas, que nasceu da união entre os escritórios Sérgio Conde Caldas Arquitetura e Miguel Pinto Guimarães Arquitetos Associados como um think tank de arquitetura contemporânea aplicada ao morar de alto padrão. A empresa atua em bairros como Jardim Botânico, Gávea e Leblon e está partindo para seu terceiro lançamento. As residências de 600 a 700 metros quadrados têm assinatura autoral, materiais nobres e soluções sustentáveis discretas — como telhados verdes, sistemas de reúso de água e ventilação cruzada natural.
— O luxo não precisa chamar a atenção, está nos detalhes: conforto térmico natural, madeira bem-acabada e vista que entra pela sala sem esforço — diz o sócio da Opy, João Souza Machado.
Localização
A ideia de combinar natureza com altíssimo padrão está presente no Estância Pernambuco, empreendimento da Mozak com apenas sete unidades, no Jardim Pernambuco, Leblon. A construtora, que já atuava com força no bairro, observou que havia espaço para um condomínio horizontal.
— Havia uma demanda ainda pouco explorada no segmento de casas para o público de altíssimo padrão da Zona Sul, que deseja espaço, área verde e segurança, mas sem renunciar à localização privilegiada, com fácil acesso a serviços e entretenimento — afirma a coordenadora de Marketing da Mozak, Thais Lago.
A Start Investimentos também aposta na combinação de demanda aquecida e pouca oferta. A empresa lançou o Mansões Rio Mar, no condomínio Rio Mar, na Barra, com 12 residências de 450 metros quadrados cada e seis suítes. Agora, está construindo o Riviera do Recreio, loteamento para casas de alto padrão, que ocupa uma área de 250 mil metros quadrados.
— Quem compra esse tipo de imóvel são empresários, artistas e profissionais liberais de grande sucesso. Pessoas que querem ter uma vida mais reservada — afirma o CEO da Start, Eric Labes.
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