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Santa Teresa, Ilha e Centro lideram ranking de valorização dos aluguéis no Rio em 2025
em Diário do Rio, 14/maio
O mercado de aluguel do Rio de Janeiro registrou alta de 10,44% em 12 meses e contratos sem descontos.
O mercado de aluguel residencial do Rio de Janeiro vive um momento inédito. De acordo com o Índice de Aluguel da imobiliária on-line QuintoAndar , divulgado nesta semana, a capital fluminense registrou pela terceira vez desde o início da série histórica, e pela segunda vez somente em 2025, uma taxa de desconto zerada nas negociações de locação.
Isso significa que, em grande parte dos contratos fechados em abril, os imóveis foram alugados pelo valor integral anunciado, sem concessão de abatimentos. “O aquecimento consistente do mercado, somado ao componente sazonal típico do início do ano, tem levado à concessão de descontos cada vez menores”, explicou Thiago Reis, gerente de Dados da empresa.
A taxa de desconto é calculada pela diferença entre o preço anunciado e o valor final negociado entre proprietários e inquilinos. Segundo Reis, “como os imóveis estão sendo alugados de forma muito célere, os proprietários estão menos dispostos a conceder grandes descontos”.
O levantamento também mostrou que o preço médio do aluguel no Rio alcançou R$ 45,33 por metro quadrado, com valorização de 10,44% no acumulado dos últimos 12 meses. Os imóveis de um dormitório tiveram o maior aumento: alta de 1,47% em relação a março, com o metro quadrado chegando a R$ 56,51.
Thiago Reis recomenda atenção para quem busca locação na cidade: “É importante fazer uma pesquisa detalhada, avaliar os preços no mesmo condomínio e verificar a quantidade de imóveis disponíveis na região para entender bem as possibilidades de negociação”.
Apesar do cenário de alta, o executivo destaca que uma alternativa para o inquilino é condicionar o pedido de desconto a possíveis melhorias ou instalação de itens como ar-condicionado e armários.
Segundo informações da administradora Sérgio Castro Imóveis, algo que tem contribuído para a dificuldade na obtenção de descontos na hora de fechar novos aluguéis é a concorrência com a locação por curta temporada, “principalmente nos imóveis mais compactos”, conforme explica Wilton Alves, diretor da empresa. Segundo ele, nos bairros mais turísticos, os proprietários têm preferido alugar os apartamentos menores por temporada e por isso ficam menos sensíveis a pedidos de desconto.
Ranking dos bairros
No ranking de valorização, o bucólico e histórico bairro de Santa Teresa liderou com o maior crescimento dos preços nos últimos 12 meses. 29%. A análise considera áreas que vêm se desenvolvendo rapidamente e apresentam potencial para retorno financeiro no futuro. O bairro mais charmoso do Grande Centro é seguido por:
- Ilha do Governador – 22,5%
- Centro – 20,1%
- Maracanã 18,4%
- São Cristóvão – 16,3%
- Copacabana – 13,1%
- Piedade – 13%
- Grajaú – 12,3%
- Engenho de Dentro – 12,1%
- Lagoa – 12%
Por outro lado, Ipanema foi apontado pelo QuinroAndar não como o bairro que mais desvalorizou no mesmo período, com 15,2%. A pesquisa destaca que essa oscilação pode refletir movimentos de transição ou revitalização da região. O bairro da Zona Sul é seguido por Vila Valqueire: -6,1%, Del Castilho: 2,2% e Jacarepaguá: 0,3%.
Entre os bairros mais caros da cidade, o Leblon manteve a liderança, apresentando o maior valor médio do metro quadrado para aluguel em abril, R$ 101,6. O levantamento ainda mostra que, em termos gerais, o preço médio do aluguel na capital fluminense atingiu R$ 45,33/m², com uma valorização anual acumulada de 10,44%. É seguido por Ipanema, Lagoa, Jardim Oceânico, Botafogo, Barra, Copacabana, Flamengo, Laranjeiras e Santa Teresa.
Os imóveis de um dormitório foram os que mais valorizaram no período, chegando a R$ 56,51/m², alta de 1,47% em relação a março. “O aquecimento consistente do mercado tem levado à concessão de descontos cada vez menores”, explicou Thiago Reis.
O estudo também aponta que o Rio teve pela terceira vez desde o início da série histórica, e pela segunda vez em 2025, taxa de desconto zerada nas negociações, evidenciando o aquecimento do mercado e a baixa oferta de imóveis para locação.
Segundo Reis, “os imóveis estão sendo alugados de forma muito célere, e os proprietários estão menos dispostos a conceder grandes descontos”. Para quem busca alugar, a recomendação é avaliar preços na mesma região e condicionar possíveis descontos à necessidade de instalação de itens como ar-condicionado ou armários.
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