Chegada de quase 1,2 mil calouros às universidades públicas aquece mercado imobiliário em Bauru
em G1, 24/fevereiro
Em sete anos, a população universitária cresceu 22% em Bauru (SP). Além do aluguel para alunos, a época é propícia para investimentos em compra de imóveis.
Com o fim das férias, as universidades de Bauru (SP) se preparam para receber milhares de estudantes. Além de seis instituições particulares, a cidade conta com duas universidades públicas, que atraem alunos de diversas regiões: a Unesp, que receberá 992 novos alunos este ano, e a USP, com mais 150 calouros em 2025.
A chegada desses estudantes impulsiona a economia local, especialmente o comércio e o setor imobiliário, que, inclusive, já se prepara para atender à demanda por moradias, que cresce significativamente nos primeiros meses do ano.
"O período dos vestibulares movimenta muito o mercado. Bauru atrai muitos estudantes por causa das universidades estaduais e também pelos cursos de medicina, públicos e privados", explica Milton Minei, gerente de uma imobiliária que atua há 15 anos na cidade.
Segundo ele, a maior procura é por apartamentos de um ou dois dormitórios, próximos às universidades.
"As áreas mais buscadas são a zona sul e a Vila Universitária, principalmente perto da Unesp. Os apartamentos acabam sendo os preferidos pela praticidade e pela localização", acrescenta.
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) também acompanha essa movimentação e vê oportunidades para investidores, já que o setor cresceu significativamente nos últimos anos.
"Em sete anos, a população universitária em Bauru cresceu 22%, o que aquece o mercado. O que mais se procura são apartamentos com aluguel de até R$ 1,3 mil, já com condomínio, IPTU e seguro inclusos", afirma Daniel Andrade, delegado regional do Creci.
Novos moradores
Entre os novos moradores está Gabriela Della Nina, aprovada no vestibular de jornalismo da Unesp. Ansiosa para o início das aulas, ela já pesquisa imóveis para alugar, mesmo sem conhecer a cidade.
"Estou vendo muitas opções, tanto para dividir quanto para morar sozinha. Quero encontrar algo que seja viável financeiramente", conta.
Mas nem todos escolhem morar sozinhos. Muitos estudantes optam por repúblicas, atraídos pelo custo mais baixo e pela convivência coletiva. É o caso de Fernanda Gianpaoli Mota e Gabriela Valentina Budzisch, que dividem uma casa com outras 11 pessoas.
"Aqui pago cerca de R$ 600 por mês, incluindo aluguel, água, luz e itens básicos de alimentação. É muito mais econômico do que alugar um apartamento sozinha", destaca Fernanda.
Para Gabriela Valentina, além da economia, o clima de comunidade faz toda a diferença.
"Viver com tantas pessoas cria laços únicos. Temos eventos como a Copa Reps, na qual jogamos futebol entre as repúblicas, e show de talentos para os calouros. Essas experiências tornam a vivência universitária ainda mais especial", conclui.
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