Número de transações com imóveis no Rio cresce 15,2%

em Correio da Manhã, 25/fevereiro

Reflexo do ’boom’ experimentado pelo setor, o número de transações imobiliárias no Rio cresceu 15,2% em 2024, embora os preços dos imóveis, na capital fluminense, tenham declinado, em igual período. De acordo com levantamento da plataforma RioM², ao todo, foram negociados 60.887 imóveis no ano passado, volume superior aos 52.813 vendidos em 2023, o que atesta a resiliência da demanda, mesmo ante um cenário de juros elevados.

Em contrapartida, os valores imobiliários da cidade recuaram 2,95%, no comparativo anual, conforme informa o relatório da imobiliária online paulista Quinto Andar, o que corresponde a um valor médio do metro quadrado de R$ 5 mil no Rio, que ficou aquém de Belo Horizonte (R$ 5.032) e mais ainda de São Paulo (R$ 7.315).

A pressão pela queda dos preços dos imóveis, acentua o estudo, teria ligação com a dificuldade de acesso ao crédito imobiliário, o que levou os bancos a elevarem as taxas de financiamento, e aos compradores em potencial, a adiarem a decisão de aquisição do bem.

Segundo o gerente de dados do Quinto Andar, Thiago Reis "a dificuldade de obtenção de crédito tem obrigado muitos a adiar o sonho do imóvel próprio", ao acrescentar que "a perspectiva para os valores de negociação é de uma desvalorização real ainda mais significativa nos próximos meses".

Outra conclusão relevante do levantamento da imobiliária bandeirante é que, pela primeira vez em décadas, o Centro foi um dos cinco bairros campeões de venda de imóveis no município. Ao garantir tal posição, avaliam especialistas, a região central dá sinais claros de recuperação, não somente do ponto de vista cultural, mas igualmente de reafirmação de sua importância para o mercado imobiliário. Exemplos dessa atratividade podem ser dados pelos edifícios A Noite, no centro, e o Cyrela, na Avenida Beira Mar, vendidos (ou lambidos, no jargão dos corretores), em questão de horas.


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Por Marcello Sigwalt