Artigo de luxo: microapartamentos podem custar até R$ 881 mil; veja os bairros mais caros

em Valor Investe, 2/junho

São Paulo e Rio dominam a lista de bairros mais valorizados para os estúdios.

Os preços médios de microapartamentos, também chamados de estúdios, podem chegar a quase R$ 900 mil no país, segundo apontou um levantamento da Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, obtido pelo Valor Investe. De acordo com a pesquisa, o bairro de Ipanema (RJ) teve o maior valor médio, com custo chegando a R$ 881 mil.

No estado de São Paulo, o maior preço ficou com o Itaim Bibi, com média de R$ 868 mil. Para o levantamento, a Loft utilizou os preços médios anunciados de venda de imóveis de até 30m².

A pesquisa analisou 14 mil anúncios de imóveis residenciais disponíveis com essa metragem em abril nas principais plataformas digitais, abrangendo as maiores cidades do país, com foco em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Foram considerados apenas bairros com ao menos 15 anúncios disponíveis.

São Paulo e Rio dominam a lista de bairros mais valorizados para os estúdios. A primeira região fora dessas duas capitais é Três Figueiras, em Porto Alegre, na sétima posição, com tíquete médio de R$ 587 mil para venda.

Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, diz que os empreendimentos mais recentes compensam o menor espaço privativo com mais opções coletivas no prédio, como academia, lavanderia ou espaços para home office. Por outro lado, uma outra pesquisa apontou que isso encarece o valor do condomínio. Nos três bairros mais valorizados, o condomínio médio passa dos R$ 700.

“Esses empreendimentos novos, com apartamentos compactos, já estão solidificados em São Paulo e Rio e vêm crescendo também em outras capitais, como Porto Alegre e Florianópolis”, aponta o especialista.

Além dos valores de venda, o levantamento também apontou os bairros com maior oferta de estúdios. Os campeões são o Centro do Rio de Janeiro, República (região central de São Paulo) e Pinheiros (também em São Paulo).

“Essas regiões têm características diferentes. As regiões centrais do Rio e São Paulo possuem prédios antigos com esses formatos menores, mas também vêm recebendo novos empreendimentos, dado que os preços de terrenos para construção nessas regiões não são altos. Já em Pinheiros, em São Paulo, os imóveis basicamente são novos, com crescimento forte a partir do Plano Diretor da década passada, que incentivou a verticalização no bairro", comenta Takahashi.


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