Prédio da Cândido Mendes, em Ipanema, recebe 3ª proposta milionária e esquenta leilão
em Diário do Rio, 30/maio
O imóvel, localizado no ponto mais nobre do bairro, é disputado por construtoras com ofertas de até R$ 53 milhões.
O que era para ser uma venda judicial protocolar virou uma disputa acirrada por um dos endereços mais cobiçados do mercado imobiliário de luxo do Rio. O antigo prédio da Universidade Cândido Mendes, na valiosíssima Rua Joana Angélica, bem ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Paz, acaba de receber sua terceira proposta de compra — e, ao que tudo indica, o jogo ainda está longe de terminar.
Depois de uma oferta de R$ 52 milhões apresentada por um empresário do ramo hoteleiro, que propunha pagar R$ 40 milhões de entrada e o restante em 12 parcelas, uma nova proposta mais agressiva entrou nos autos da Recuperação Judicial: R$ 53 milhões à vista. O lance foi apresentado pela WPX Empreendimentos Imobiliários, com pedido de preferência no leilão como “stalking horse” — termo jurídico que garante ao primeiro proponente o direito de cobrir qualquer nova oferta, nas mesmas condições.
O imóvel fica numa das regiões mais valorizadas do Rio. O trecho da Joana Angélica onde está localizado faz parte do chamado “quadrilátero do charme”, área formada pelas ruas Garcia D’Ávila, Redentor, Aníbal de Mendonça e Barão da Torre, onde o metro quadrado ultrapassa facilmente os R$ 30 mil. Ali estão os endereços mais luxuosos do mercado, a poucos metros da praia, de lojas de grife internacionais e do mais badalado polo gastronômico do bairro.
A Universidade Cândido Mendes, que passa por um processo de Recuperação Judicial desde 2020, tem vendido ativos para quitar dívidas com credores. No fim de 2023, a instituição já havia negociado o campus da Praça Pio X com o SESC, por cerca de R$ 25 milhões. Agora, é a vez do disputado prédio de Ipanema, que ocupa um terreno de mais de 6 mil metros quadrados.
Apesar de ter oferecido valor menor, o empresário hoteleiro foi inicialmente escolhido pela Justiça como “balizador do leilão”, por conta da robustez da entrada e do parcelamento enxuto.
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