Minha Casa Minha Vida e residências verticais são as principais apostas do mercado imobiliário, indica pesquisa
em Em Tempo, 7/fevereiro
Pesquisa apresenta principais áreas de investimento, desafios e análise sobre o atual momento do ramo no Brasil.
Para os empreendedores do mercado imobiliário, o programa Minha Casa Minha Vida e as residências verticais são as principais apostas do setor para 2024. As informações são da pesquisa “O que o empreendedor imobiliário espera do mercado em 2024?”, desenvolvida no período de 29 de novembro de 2023 a 3 de janeiro de 2024.
O estudo entrevistou 250 profissionais do ramo, incluindo atuantes em construtoras, incorporadoras, loteamento e desenvolvimento urbano, arquitetos, proprietários de terreno, fornecedores de materiais e profissionais do mercado financeiro. A pesquisa foi realizada pelo Grupo Prospecta em parceria com o Sienge, solução do Grupo Softplan especialista em gestão integrada de obras.
Perspectivas do mercado imobiliário para 2024
Segundo o material, 52% dos profissionais do setor imobiliário entendem que o programa Minha Casa Minha Vida — retomado em 2023 — será o nicho de mercado mais potencializado do ano. Em seguida estão as residências verticais (18%), a área de loteamento (7%), a compra da 2ª residência (6%) e o desenvolvimento de comunidades planejadas (5%).
“Para 2024, o Ministério das Cidades prevê a contratação de 187 mil novas moradias em 560 municípios por meio do MCMV. Isso amplia as expectativas do setor por um ano com o mercado mais aquecido, com mais compradores e maior acesso a financiamentos e subsídios do governo”, explica Cristiano Gregorius, Diretor Executivo do Sienge.
Considerando o atual panorama econômico do Brasil, a pesquisa constatou que 48% dos entrevistados entendem que o mercado imobiliário está em um momento de retomada lenta. Há, porém, um certo otimismo e esperança por melhorias, já que 43% acreditam que o setor passará por uma fase de retomada com crescimento elevado.
Há também uma grande intenção de investir no segmento: 89% pretendem empreender ou realizar novos investimentos em 2024, sendo que 49% planejam empreender na área de residência vertical, 10% em loteamento e 8% no nicho de casas e residencial horizontal.
Investimentos por região
Em 2023, Sudeste (39%) e Sul (26%) foram as principais regiões de investimento do setor imobiliário, segundo a pesquisa. Em seguida, destaca-se Nordeste (20%), Centro-Oeste (13%) e Norte (2%).
De acordo com as entrevistas, São Paulo (19%), Santa Catarina (11%) e Minas Gerais (9%) estão entre os estados com maior frequência de atuação das empresas do segmento.
Dificuldades e desafios do setor
O estudo também se aprofundou entre as maiores dificuldades encontradas no dia a dia do mercado imobiliário. Segundo os profissionais consultados, elas são: burocracia na aprovação dos projetos e licenças (12%), dificuldade de acesso ao crédito (12%) e a área de funding (12%), que fica responsável pela captação de recursos financeiros para determinado investimento. Já em relação ao ano de 2023, a burocracia, a instabilidade política e as vendas foram os maiores desafios encontrados pelo setor.
“Observamos que a demora e a complexidade dos trâmites que envolvem a venda de imóveis, a aprovação dos projetos e a área financeira são grandes dores dessa indústria, que cada vez mais encontra na tecnologia e na digitalização as soluções necessárias para uma atuação mais eficiente e estratégica”, conclui Gregorius.
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