Prédio mais caro do Brasil: conheça o edifício na Faria Lima comprado pelo Itaú por R$ 1,5 bilhão
em O Globo, 20/janeiro
O prédio mais caro do Brasil foi comprado nesta semana pelo Itaú Unibanco, no Centro de São Paulo, para abrigar a nova sede da empresa. O Faria Lima 3500, considerado um empreendimento "triplo A", foi adquirido por aproximadamente R$ 1,5 bilhão, valor considerado a maior transação envolvendo um único edifício da história do Brasil.
No coração do centro financeiro de São Paulo, na Faria Lima, o prédio tem fachada totalmente revestida em vidro e em forma de trapézio invertido. São seis andares de aproximadamente 2.571 m², todos equipados com ar-condicionado central, e 597 vagas de estacionamento.
O prédio foi inaugurado em 2012, e possui diversas certificações de sustentabilidade, projeto e obra de interiores, operação e manutenção. Com uma área total de aproximadamente 25.000 m², o Edifício Faria Lima 3500 é considerado um dos edifícios mais modernos e inovadores da cidade.
O edifício comercial conta até com gerenciamento de resíduos, com monitoramento mensal da quantidade de material gerado na operação. Os dados, analisados mensalmente, auxiliaram na geração de indicadores para aumentar o aumento do potencial de reciclagem.
A sede do Itaú BBA já funcionava no local antes de a aquisição ser concretizada. O edifício havia sido construído para o próprio Itaú, pela empresa Tishman Speyer, e vendido para a Brookfield em 2014.
De acordo com o Brazil Journal, o prédio conta com uma área de de 22.786 metros quadrados — ou seja, cada metro quadrado custou R$ 64 mil. Uma fonte do banco, porém, afirmou ao portal que o Itaú utiliza um critério de aferição diferente, o que resultaria em um custo de quase R$ 57 mil por metro quadrado.
Ao GLOBO, o banco confirmou a aquisição, mas pontuou que não iria "emitir comentários adicionais". Em 2021, o colunista do GLOBO Lauro Jardim já havia anunciado uma negociação entre a Vinci Partners e a Brookfield para a compra do prédio por um valor próximo das cifras atuais.
O edifício é considerado um "triple A", termo relacionado a quão seguros são os investimentos em um determinado ativo. Na mesma região, em 2022, uma das grandes transações envolvendo um triple A, que pode se assemelhar à compra da sede do Itaú, foi a aquisição de 62% da torre Infinity, uma das principais da Faria Lima.
Comprado por um grupo de investidores que já detinha participação no imóvel, o metro quadrado da torre custou cerca de R$ 39,2 mil. No local, operam instituições financeiras tradicionais como o Credit Suisse e o Goldman Sachs.
A Avenida Brigadeiro Faria Lima, popularmente conhecida como Faria Lima, é uma das mais importantes vias da capital paulista. Ela abriga um dos principais centros financeiros de São Paulo — e do Brasil —, reunindo dezenas de gigantes do ramo.
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