10 cidades com imóveis mais caros do Brasil
em 22/fevereiro
A infraestrutura e a localização são fatores determinantes no valor do metro quadrado.
A busca pelo imóvel ideal é influenciada por vários fatores. Quanto mais infraestrutura e melhor localização um imóvel oferece, maior tende a ser o preço por metro quadrado. Regiões-chave do país, que combinam apelo turístico com centros financeiros, tornam a busca por moradia ainda mais desafiadora.
No Brasil, bairros nobres, principalmente na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo e no estado de Santa Catarina, estão se valorizando. “Temos Ipanema e Leblon com preços cada vez maiores. Ainda, o centro e a Barra Sul de Balneário Camboriú, acompanhado por Itapema, mostram uma tendência do Sul do país em aumentar o preço dos imóveis. São Paulo também tem preços altos, até bairros como Itaim Bibi têm mostrado preços cada vez mais onerosos”, afirma o corretor de imóveis Rafael Scodelario.
Fatores que interferem nos preços
De acordo com Rafael, a dinâmica de oferta e procura também contribui para o incremento nos preços. “Locais como no litoral catarinense foram impulsionados por cidades turísticas, que estão passando por um boom imobiliário. Até mesmo cidades próximas dos polos de turismo estão crescendo devido à falta de terrenos e imóveis, impulsionadas pela limitação do espaço físico”, acrescenta.
Conforme os dados do Índice Fipe ZAP liberados em fevereiro de 2024, o valor médio do metro quadrado no Brasil é de R$ 8.750. O relatório ainda indica um aumento imobiliário de 5,19% nos últimos 12 meses.
Cidades com imóveis mais caros
Veja, a seguir, as cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil.
1. Balneário Camboriú (SC) – R$ 12.822 por m²
Segundo o corretor, em Santa Catarina os imóveis estão cada vez mais em alta. Balneário acumula uma valorização imobiliária de 9,46% nos últimos 12 meses. Desde 2018, a valorização foi de 82%. É uma cidade turística, com empreendimentos mais novos que o de outras grandes cidades e tem leis que autorizam a construção de arranha-céus à beira-mar. Cidades litorâneas têm um espaço limitado e existem mais pessoas querendo morar nelas do que a quantidade de imóveis disponíveis, o que faz com que o preço aumente.
2. Itapema (SC) – R$ 12.660 por m²
Itapema é uma das cidades mais buscadas para investir no estado de Santa Catarina. Ela conta com quase 76 mil habitantes, porém alcança 1 milhão de turistas durante a temporada de verão. Os imóveis à venda na cidade valorizaram 19,42% no último ano. Uma das razões do crescimento tem a ver com o crescimento de Balneário Camboriú.
“Enquanto os preços da cidade aumentaram, os investidores passaram a buscar outras opções próximas, como Itapema e Porto Belo. Com oito praias ao longo de uma orla de 14 quilômetros, a cidade já tinha um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0.796 em 2010. A baixa violência e a qualidade de vida atraem novos moradores”, explica Rafael.
3. Vitória (ES) – R$ 11.013 por m²
O mercado imobiliário de Vitória é ainda muito restrito. A demanda supera a oferta e isso faz com que o valor aumente. Há poucos terrenos e imóveis disponíveis para venda, e tudo isso impacta no valor. Entre as capitais do Brasil, ela é uma das menores, com pouco espaço físico para crescer. Imóveis em bairros nobres chegam a custar o mesmo que nos endereços mais valorizados e procurados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
4. Florianópolis (SC) – R$ 10.833 por m²
Com belezas naturais, segurança e qualidade de vida elevada, a Ilha da Magia possui um mercado imobiliário altamente valorizado. Desde áreas mais afastadas, como a Lagoa da Conceição e praias de difícil acesso, até praias movimentadas pelo turismo, a região abriga variados tipos de serviços e comércios.
O valor médio do metro quadrado na capital acumulou nos últimos 12 meses a valorização de 11,77%. Dados do Programa das Nações Unidas mostram que a cidade é a capital brasileira com o melhor IDH do país, com diversas oportunidades de empregos, já que é conhecida como um polo tecnológico do Brasil.
“É uma das menores capitais do país, com poucas opções de locais para construção. Por ser uma ilha com 42 praias, a maior parte da cidade é área de Preservação Ambiental, com o percentual destinado a construções quase completo. A escassez de espaço e a alta demanda tornam o metro quadrado da capital como um dos mais caros do país”, destaca Rafael.
5. São Paulo (SP) – R$ 10.703 por m²
São Paulo tem cerca de 11,4 milhões de habitantes e está no ranking das cidades mais populosas do mundo. É considerada o centro financeiro e urbano do Brasil. Por isso, comprar um imóvel lá não é tão barato assim. O acumulado em 12 meses para a capital paulista foi de 4,68%.
“Além disso, a cidade está passando por múltiplas transformações urbanas que influenciam o mercado. A revitalização de algumas áreas, a construção de novas vias expressas e a implantação de linhas de metrô e trens ainda impactam no valor. A capital cresce cada vez mais e atrai mão de obra de todas as cidades do país, aumentando a concorrência pelos imóveis residenciais”, acrescenta o especialista.
6. Itajaí (SC) – R$ 10.624 por m²
Alguns fatores favorecem a valorização dos imóveis em Itajaí. O desenvolvimento econômico da região, com destaque para os setores portuário, pesqueiro, industrial e turístico, gera empregos e atrai investimentos, aumentando a demanda por moradia. Além disso, a qualidade de vida oferecida, com boa infraestrutura urbana, serviços de saúde e educação, torna a cidade atrativa para famílias e investidores em busca de um ambiente propício.
7. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 9.986 por m²
A cidade maravilhosa também apresenta uma valorização imobiliária constante. Os preços elevados dos imóveis no Rio de Janeiro podem ser atribuídos a diversos fatores. Conhecida internacionalmente por suas praias deslumbrantes, montanhas e clima tropical, possui uma localização privilegiada e beleza natural incomparáveis. Isso faz com que áreas próximas à praia, como Copacabana, Ipanema e Leblon, sejam altamente valorizadas.
Além disso, é uma das cidades mais populosas do Brasil e um importante centro econômico, o que atrai uma grande demanda por moradia. Isso resulta em uma competição acirrada por imóveis, elevando os preços. “A oferta limitada de terrenos devido à topografia acidentada da cidade e às restrições ambientais também contribui para a escassez de imóveis disponíveis, o que aumenta ainda mais os valores no mercado imobiliário carioca. Nos últimos 12 meses, a cidade apresentou uma valorização imobiliária de 1,41%. Por menor que pareça, os preços de imóveis já eram altos no local”, esclarece o corretor.
8. Barueri (SP) – R$ 9.912 por m²
Os imóveis em Barueri são valorizados por uma série de razões. Primeiramente, sua localização estratégica na região metropolitana de São Paulo, oferecendo proximidade com a capital e acesso facilitado a importantes centros comerciais e empresariais, contribui para a alta demanda por moradias na região.
Além disso, a cidade possui uma infraestrutura bem desenvolvida, com boa oferta de transporte público e uma gama de serviços. Está entre as 100 melhores metrópoles do país para morar. Considerada a cidade inteligente do Brasil, o município foi o único representante brasileiro dentre os 36 reconhecidos pelo prêmio internacional “Cidades e Assentamentos Humanos Sustentáveis” em 2018.
9. Curitiba (PR) – R$ 9.122 por m²
Curitiba, a capital do Paraná, conhecida pela beleza e arborização, também é lembrada pelos altos preços. A localização privilegiada da cidade desempenha um papel fundamental. É um município bem-planejado, com boa infraestrutura e acesso facilitado a serviços essenciais, o que valoriza os imóveis nessas regiões.
Além disso, o desenvolvimento econômico da cidade contribui para a alta demanda por moradia. Com uma economia diversificada, incluindo setores como serviços, comércio, tecnologia e indústria em crescimento, Curitiba atrai investidores e profissionais em busca de oportunidades, aumentando ainda mais a pressão sobre os preços dos imóveis.
“A cidade oferece uma alta qualidade de vida, com boas opções de lazer, cultura, educação e saúde, o que torna a cidade altamente atrativa para moradores em busca de conforto e bem-estar. Ela tem o título de capital ecológica por conta da grande quantidade de áreas verdes distribuídas pelas ruas. Com os imóveis cada vez mais procurados no município, a valorização imobiliária foi de 6,97% nos últimos 12 meses”, acrescenta o profissional.
10. Brasília (DF) – R$ 9.010 por m²
Os preços elevados dos imóveis no Distrito Federal podem ser atribuídos a diversos fatores. Como sede do Governo Federal e capital do país, Brasília é uma cidade estratégica e importante centro político, administrativo e econômico. Isso resulta em uma demanda contínua por moradia, tanto por parte de funcionários públicos quanto de profissionais de diversos setores que buscam oportunidades na região.
Além disso, o Distrito Federal possui uma economia diversificada, com destaque para os setores de serviços e tecnologia, o que contribui para a atratividade da cidade e aumenta a demanda por imóveis. A oferta limitada de terrenos e o planejamento urbano rigoroso também influenciam os preços, já que a expansão urbana é controlada e há uma concentração de áreas de alta valorização.