CBIC debate perspectivas da construção para 2025 em evento no Rio de Janeiro
em Agência CBIC, 18/fevereiro
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveu, nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro, o evento “Setor da Construção: Panorama e Perspectivas para 2025”, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com apoio da apoio da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI RIO). O encontro reuniu empresários, especialistas e representantes do setor para discutir cenários econômicos, desafios e oportunidades da construção civil para o próximo ano na região Sudeste.
Na abertura do evento, Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, destacou a relevância do setor para a economia brasileira e os avanços registrados nos últimos anos. “A construção vem exibindo um crescimento contínuo do PIB, chegando a aproximadamente 26% entre 2021 e 2024, impulsionada pelo aquecimento do mercado imobiliário e pelos investimentos em infraestrutura”, afirmou. Ele ressaltou ainda que o setor gerou 12 mil empregos com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro em 2024, representando 10% do total nacional.
O presidente da CBIC, Renato Correia, reforçou a importância da indústria da construção no cenário nacional e apresentou um balanço positivo do setor em 2024. Segundo ele, houve um crescimento de 4,1%, impulsionado pela retomada do programa Minha Casa Minha Vida, pelo aumento do teto do financiamento e pela ampliação dos subsídios. “O mercado imobiliário vendeu mais de 400 mil unidades em 221 cidades que monitoramos, o que significa mais de mil imóveis por dia comercializados no Brasil”, afirmou. No setor de infraestrutura, ele destacou o volume de investimentos, que atingiu R$ 264 bilhões em 2024, sendo R$ 200 bilhões oriundos da iniciativa privada.
Para 2025, no entanto, Correia alertou para alguns desafios, como a alta taxa de juros, que pode limitar o crescimento do setor e afetar novas contratações. “A previsão é de um crescimento mais modesto, na casa dos 2,3%, mas ainda robusto”, avaliou. Ele também ressaltou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que seguirá com orçamento robusto, mas com uma redução de 20% nos recursos disponíveis para a média e alta renda.
Já o presidente do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan, Marcelo Kaiuca, sugeriu a inclusão do evento no calendário anual do setor e destacou a necessidade de enfrentar questões como a escassez de mão de obra e o alto custo do crédito. “O crescimento da demanda por imóveis exige novas fontes de financiamento, pois os recursos tradicionais do FGTS e da poupança mostram sinais de esgotamento”, alertou.
Vice-presidente regional da CBIC e presidente do Sinduscon-Rio, Cláudio Hermolin, destacou o papel da entidade na disseminação de informações estratégicas para os empresários. “Nosso objetivo é trazer conteúdo inédito e de qualidade, fortalecendo o setor com dados e análises precisas”, disse. Ele também enfatizou este foi a primeira de uma série de encontros regionais que a CBIC irá defender ao longo de 2025, com passagens já programadas para o Nordeste, em Fortaleza (CE) e também no Centro-Oeste, Norte e Sul.
Com debates técnicos e apresentações de especialistas, o evento reforçou o compromisso da CBIC em ampliar o diálogo com o setor e fomentar o desenvolvimento sustentável da construção civil no Brasil.
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