Cyrela (CYRE3) figura entre ações mais indicadas de abril. Veja as carteiras

A Vale (VALE3) é a ação mais recomendada para abril, segundo levantamento realizado pelo E-Investidor. A companhia foi indicada em seis das nove carteiras analisadas. Todavia, a empresa não passa por uma lua de mel com os investidores. As ações da mineradora encerram março em queda de 9,2%, a R$ 60,83.

Segundo os analistas da Terra Investimentos, a baixa ocorre em meio às perspectivas para o setor de mineração, que permanecem voláteis devido às políticas de estímulo da China e às incertezas geopolíticas, como crise do setor imobiliário e tensões em Taiwan. “No entanto, a retomada esperada para níveis históricos de demanda por aço e a possibilidade de aumento da demanda por metais devido a conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia representam oportunidades de longo prazo”, diz Régis Chinchila, que assina o relatório da Terra.

Já os analistas da Ágora Investimentos lembram que a empresa continua apresentando resultados fortes, assim como geração de caixa. “Reafirmamos a Vale em nossa carteira, pois vemos riscos limitados de queda para os preços do minério de ferro, visto que estimamos que os preços da commodity devem ficar estáveis entre US$ 130 e US$ 120 por tonelada no fim do primeiro semestre de 2024″, afirmam José Francisco Cataldo e sua equipe, que assinam o relatório.

Cyrela ocupa o pódio das mais recomendadas

O segundo lugar das recomendações está dividido entre os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) e as ações da Cyrela (CYRE3) com cinco recomendações entre as nove carteiras. Para os analistas do Itaú BBA, a Cyrela está passando por um momento operacional bastante saudável, com queda na duração do estoque e velocidade de vendas acompanhando a alta de lançamentos.

“A empresa também é beneficiada pelos baixos níveis do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), índice que mede a inflação da construção civil. Além disso, a companhia tem uma maior liquidez em relação aos seus pares, uma disciplina operacional e uma posição confortável de balanço”, diz a equipe comandada por Victor Natal, que assina o relatório do BBA.

As ações do próprio Itaú Unibanco são bem vistas pelos analistas da Ágora Investimentos por conta da possibilidade do maior banco privado do País manter sua rentabilidade, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), acima dos 20%. “O banco dificilmente conseguirá manter um ROE do setor de atacado acima dos 25%, mas nesse segmento a rentabilidade tende a caminhar para ficar acima dos 20%. Já no varejo, a expectativa do ROE do Itaú é de um retorno acima 30%, o que deve auxiliar o ROE geral a ficar acima dos 20%”, explica Cataldo e sua equipe.

A Sabesp (SBSP3) é a quarta ação com o maior número de recomendações. Segundo os analistas da EQI, o processo de privatização da companhia deve gerar gatilhos de alta para a empresa na Bolsa, tornando o papel atrativo para o investidor.