Juros mais baixos e mudanças no ’Minha Casa, Minha Vida’ impulsionam venda de imóveis no interior de SP em 2024

em G1, 25/junho

Queda do desemprego e da taxa básica de juros (Selic), somadas às mudanças do programa ’Minha Casa, Minha Vida’ (MCMV) impulsionam a construção civil em 2024 no interior de São Paulo.

As quedas do desemprego e da taxa básica de juros (Selic) – que caiu para 10,50% em reduções seguidas desde o mês de agosto de 2023 –, somadas às mudanças do programa "Minha Casa, Minha Vida" (MCMV) impulsionam a construção civil em 2024 nas cidades do interior de São Paulo.

O aumento do subsídio para a Faixa 1 do MCMV para R$ 55 mil – destinada a famílias de menor renda –, a redução das taxas de juros para 4% e 4,5%, e a extensão do prazo de amortização do financiamento para 420 meses têm facilitado a aquisição de imóveis através do programa.

A possibilidade do uso do FGTS para a futura compra também aumenta a margem de financiamento para os trabalhadores com carteira assinada.

Aumento da procura por imóveis em 2024

O estudo Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Deloitte, mostrou que os indicadores de procura e venda de imóveis residenciais se aqueceram no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos últimos três meses do ano passado.

Segundo dados da pesquisa, as expectativas são boas quanto à procura de imóveis a médio prazo, especialmente pelo desempenho do segmento econômico no MCMV.

O levantamento contou com a participação de 48 empresas do setor imobiliário e tem como metodologia a transformação dos percentuais de respostas em notas de um a três, que variam entre:

  • Forte redução;
  • Redução;
  • Manutenção;
  • Aumento ou forte aumento nos indicadores.

Os dados apontam que a procura geral por imóveis recebeu a nota 2,28 no primeiro trimestre deste ano – a nota anterior, registrada no último trimestre de 2023, era de 2,22. A busca pelo MCMV alcançou 2,54 e a procura por imóveis de médio e alto padrão (MAP) se manteve estável, com nota 2.

A pesquisa ainda aponta a valorização dos imóveis no primeiro trimestre, com nota 2,53 – para os próximos cinco anos, a expectativa é de nota 3, indicando forte aumento no resultado.

De acordo com o levantamento, os indicadores positivos de procura por imóveis mostram um cenário promissor, tanto para o segmento econômico quanto para o médio e alto padrão - no caso do MAP observa-se a melhora nas expectativas devido à queda na taxa Selic.

O aumento da procura indica o aquecimento do mercado imobiliário, além de impulsionar a construção civil, gerar empregos e estimular o comércio de materiais de construção.

"Percebemos uma procura cada vez mais crescente de investidores. Muitos sorocabanos preferem investir suas reservas em imóveis, que a longo prazo proporcionam uma rentabilidade maior em relação a outros tipos de investimento. É uma parcela importante das nossas vendas e, em geral, o cliente que compra uma unidade para investir retorna para saber sobre os lançamentos com o objetivo de fazer novos investimentos", explica Sandro Souza, diretor executivo de uma construtora de Sorocaba (SP).


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