“Estamos em um ponto de inflexão”, alerta executivo da construção civil

em Estadão Imóveis, 4/setembro

Ionan Fernandes aponta reforma tributária, falta de sustentabilidade e crise de mão de obra como obstáculos que setor precisa resolver.

Os caminhos da Reforma Tributária, a busca pela sustentabilidade e a crise de mão de obra são alguns dos principais desafios da construção civil no momento. E a solução para resolver estes problemas está na tecnologia. Pelo menos é nisso que acredita Ionan Fernandes, Diretor Executivo da Softplan para a Indústria da Construção.

Em palestra nesta terça-feira (04) no Construsummit, evento que reúne executivos e empresas da construção civil para debater gestão e tecnologia no setor, Fernandes aponta que o segmento vive um momento inédito. “São diversas as forças que tornam este cenário único e desafiador, mas elas também criam uma oportunidade para aumentar a produtividade”, comenta Fernandes.

“Estamos em um ponto de inflexão”, alerta o executivo. De fato, a reforma tributária, em debate no Congresso Nacional, prevê uma alíquota progressiva de tributação para a transação de imóveis. Atores do setor argumentam que o aumento da carga pode gerar um aumento de custos às incorporadoras que será repassado ao consumidor final.

Enquanto isso, os custos de mão de obra já superaram o custo com matéria-prima na construção civil e as dificuldades para encontrar profissionais gera atrasos e dificultam a entrega de produtos. Além disso, o setor é responsável por 40% da emissão global de gases do efeito estufa. E as empresas estão sendo cada vez mais cobradas para se tornarem mais sustentáveis.

Na visão de Fernandes, os primeiros sinais de como o setor pode utilizar o momento para se transformar já estão sendo percebidos. “A projeção de crescimento do PIB é de 3% e em 2024 devemos notar um recorde no número de vendas de imóveis no País”, pontua.

Diante deste cenário, ele aponta para a adoção de tecnologia como uma necessidade urgente. “A Inteligência Artificial pode até não substituir as pessoas, mas vai tornar aqueles profissionais que sabem utilizá-la muito mais necessários”.


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