Imóveis: bairros cariocas valorizaram até 46% em 12 meses

em Monitor Mercantil, 22/março

Leblon e Ipanema seguem como os mais valorizados da cidade; em São Paulo, Vila Nova Conceição é o líder

Levantamento realizado pela startup imobiliária Loft apontou que os preços dos imóveis residenciais à venda no Rio de Janeiro subiram, em média, 2,6% entre fevereiro de 2023 e fevereiro deste ano. A alta, comparada às das capitais das regiões Sul e Sudeste do país, se assemelha à encontrada em Porto Alegre (2,5%), e é mais do que o dobro da de São Paulo, que registrou valorização de 1,1%, no mesmo período.

“Apesar da valorização abaixo da inflação acumulada em 12 meses, o custo do metro quadrado no Rio de Janeiro já é um dos mais altos entre as capitais. A cidade, inclusive, abriga alguns dos bairros mais caros das duas regiões, como Leblon e Ipanema, que dividem o pódio dos mais valorizados com a Vila Nova Conceição, de São Paulo”, afirma Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.

Ainda segundo ele, “dos 10 bairros mais caros entre as capitais analisadas, quatro estão localizados no Rio de Janeiro: Leblon, Ipanema, Lagoa e Gávea.”

Em alguns bairros do Rio, nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, o preço do metro quadrado valorizou até 46%, caso da Portuguesa (Ilha do Governador), onde o metro quadrado saltou de R$ 5,5 mil em 2023 para R$ 8 mil neste início de ano.

No total, nove bairros registraram alta superior a 10% nos preços médios dos imóveis anunciados para venda. No topo da lista, logo atrás do Portuguesa, estão Bonsucesso, Piedade, Praça da Bandeira, Rocha, Santo Cristo, Santa Cruz, Penha e Cidade Universitária.

Apesar da alta no preço médio da cidade, 29 bairros cariocas registraram diminuição dos preços por metro quadrado no período. Destes, três viram os preços caírem mais de 10%: Paciência (queda de 10,2%), Del Castilho (queda de 11,1%) e Tauá (queda de 14,4%).

O levantamento analisou mais de dois milhões de anúncios nas cinco capitais consideradas.

Já quando se trata de imóveis residenciais, de acordo com o Índice FipeZAP, os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200m² registraram ligeiro incremento de 0,07% em fevereiro de 2024, enquanto os preços de locação do segmento apresentaram alta de 0,73% no mesmo período – resultado que representou uma nova (embora discreta) aceleração em relação às variações em dezembro (0,62%) e janeiro (0,66%). Comparativamente, o IPCA/IBGE exibiu uma inflação ao consumidor de 0,83%, ao passo que o IGP-M/FGV apurou uma deflação de 0,52%. Em relação às 10 localidades onde o segmento comercial é monitorado, foram apuradas as seguintes variações mensais nos preços de venda de salas e conjuntos comerciais: Belo Horizonte (0,35%); Salvador (0,15%); Rio de Janeiro (0,14%); Campinas (0,14%); Florianópolis (0,13%); São Paulo (0,09%); Curitiba (0,06%); Porto Alegre (-0,25%); Brasília (-0,61%); e Niterói (-0,87%). Quanto aos preços de locação do segmento comercial, os resultados mais recentes do Índice FipeZAP revelaram as seguintes variações mensais: Brasília (2,77%); Rio de Janeiro (1,54%); Niterói (1,02%); Curitiba (0,93%); Belo Horizonte (0,85%); Florianópolis (0,84%); Salvador (0,39%); São Paulo (0,35%); Campinas (-0,13%); e Porto Alegre (-0,19%).

Numa análise dos últimos 12 meses, os preços de venda de imóveis comerciais acumulam uma queda de 0,57% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2024, contrastando com à valorização acumulada de 6,74% do aluguel do segmento nesse mesmo recorte temporal. Para fins comparativos, os índices de preço de referência da economia apresentaram as seguintes variações acumuladas no período: 4,50% (IPCA/IBGE) e -3,76% (IGP-M/FGV). Individualmente, a valorização dos imóveis comerciais à venda abrangeu as seguintes localidades: Campinas (2,97%); Salvador (0,91%); São Paulo (0,85%); e Niterói (0,08%); contrapondo-se aos recuos nos preços do segmento em: Porto Alegre (-5,82%); Brasília (-5,80%); Curitiba (-2,80%); Belo Horizonte (-1,67%); Florianópolis (-1,64%); e Rio de Janeiro (-0,63%).

Quanto ao aluguel comercial, as variações acumuladas nos últimos 12 meses podem ser ordenadas da seguinte forma: Salvador (13,42%); Niterói (9,71%); Curitiba (8,80%); Campinas (8,33%); Florianópolis (7,74%); Rio de Janeiro (7,34%); São Paulo (6,08%); Belo Horizonte (5,58%); Porto Alegre (3,10%); e Brasília (-1,69%).

O preço médio de venda e locação, de acordo com a amostra utilizada no cálculo do Índice FipeZAP Comercial de fevereiro de 2024, o valor médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi avaliado em R$ 8.388/m², no caso de imóveis para venda, e de R$ 42,80/m² entre unidades para locação. Considerando as 10 cidades monitoradas pelo índice, São Paulo apresentou os maiores valores médio tanto para venda (R$ 10.022/m²) quanto para locação (R$ 51,11/m²). Outras localidades de destaque no período incluíram: Rio de Janeiro, com R$ 8.820/m² (venda comercial) e R$ 41,57/m² (locação comercial); Florianópolis (R$ 8.179/m² e R$ 44,63/m²) Niterói (R$ 7.555/m² e R$ 36,53/m²); Salvador (R$ 5.074/m² e R$ 40,21/m²); Campinas (R$ 6.324/m² e R$ 38,72/m²); e Curitiba (R$ 7.564/m² e R$ 33,96/m²).

Em fevereiro de 2024, especificamente, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi calculado em 6,34% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais (5,79% ao ano), bem como retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Considerando as 10 cidades em que os preços do segmento comercial são acompanhados, as taxas apuradas foram as seguintes: Salvador (9,49% a.a.), Campinas (7,49% a.a.); Brasília (6,41% a.a.); São Paulo (6,40% a.a.); Porto Alegre (6,15% a.a.); Florianópolis (6,13% a.a.); Belo Horizonte (5,84% a.a.); Niterói (5,82% a.a.); Rio de Janeiro (5,73% a.a.); e Curitiba (5,62% a.a.).


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