O ano recorde da Cury: alta de 42% no lucro e expectativa de 2024 ainda melhor

em Exame, 11/março

A construtora e incorporadora Cury alcançou um novo recorde financeiro. O lucro líquido da companhia foi de R$ 164,6 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 69,2% frente ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2023, a última linha do balanço somou R$ 495,6 milhões, alta de 42,3% na comparação anual.

“O ano de 2023 ficará marcado na nossa história tanto pelo 60º aniversário da empresa, quanto pelos melhores resultados da companhia. Destaco o recorde de geração de caixa, que comprova a disciplina nos negócios e foco nas operações”, afirmou Fábio Cury, CEO da construtora, em nota.

A geração de caixa atingiu R$ 176,1 milhões no quarto trimestre, ganho de 29,7% na comparação anual. No acumulado do último ano, o indicador alcançou R$ 424,2 milhões, ganho de 42,2% frente a 2022.

Para Leonardo Mesquita, diretor vice-presidente comercial da Cury, os resultados em geração de caixa – e na última linha do balanço – são fruto do trabalho da empresa ao longo dos anos. Mas, para além da própria engrenagem, Mesquita afirma que a Cury se beneficiou do cenário macroeconômico.

O ano de 2023 deu início a um bom ciclo para o mercado imobiliário, especialmente o segmento econômico. A inflação arrefeceu, a taxa básica de juros está em tendência de queda e o governo revisou as condições para o Minha Casa Minha Vida (MCMV), maior programa habitacional para a baixa renda e segmento que responde por 80% da atuação da Cury.

Mesquita ressalta especialmente o aumento do teto, que ampliou as faixas de renda enquadradas no MCMV de R$ 264 mil para imóveis de até R$ 350 mil. “Foi uma medida que ajustou o programa para a realidade do mercado. Junto ao cenário de juros e inflação, nos ajudou a manter a velocidade de vendas em patamares elevados”, disse em entrevista à EXAME.

O melhor, no entanto, ainda está por vir. A Cury não fornece projeções em números (guidance), mas os executivos estão otimistas. “Vamos sentir esses efeitos [de juros e MCMV] mais fortemente em 2024”, ressaltou Mesquita.

Outro ponto que deve impactar positivamente os negócios da empresa é a revisão e aprovação dos planos diretores de suas duas principais praças, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Na capital paulista, o plano foi revisado em julho do ano passado e, na carioca, houve a sanção do prefeito em janeiro deste ano.

“Estamos otimistas para esse ano, tendo em vista o orçamento aprovado para o programa MCMV, que é o maior da história, além das mudanças nos planos diretores de São Paulo e Rio de Janeiro, que devem ampliar as oportunidades para compra de terrenos em nosso foco de atuação”, reforçou o CEO.


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