Projeto Atto marca retorno de Henrique Blecher ao mercado imobiliário

A volta de Henrique Blecher, ex-Gafisa e Bait, ao mercado imobiliário tem alavancado ainda mais o segmento de altíssimo luxo da cidade do Rio de Janeiro. Em 2022, Blecher fundou a Origem Incorporadora que agora se uniu à XP Inc. para lançar o exclusivo edifício Atto, empreendimento que será construído de frente para o mar na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, e no qual o executivo aposta muitas fichas e muito capital próprio.

O Atto terá 20 unidades residenciais, variando entre 452 e 1.189 m², e Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões. O prédio de alto luxo contará com a assinatura da grife italiana Pininfarina, responsável por designs de modelos da Ferrari, Maserati e outras marcas de luxo. É o primeiro projeto residencial da marca no Rio. Estima-se que o projeto Atto deve somar cerca de R$ 250 milhões.

Mesmo com 87% do capital do Atto concentrado pela Origem, Henrique Blecher tem realizado parcerias estratégicas para capitalizar ainda mais a empresa e apostar mais intensivamente no mercado de alto luxo. A entrada da XP no negócio representa um desses movimentos estratégicos.

“Superar o crivo dos comitês de crédito e governança da XP e contar com a chancela da instituição é um reconhecimento importante para o modelo de negócio da Origem”, ressalta Blecher.

Estima-se que o resultado do projeto Atto gire em torno de R$ 250 milhões. Segundo fontes do mercado, Blecher tem construído uma parceria estratégica para capitalizar ainda mais a Origem e apostar no mercado de alto luxo, pelo lado do equity e do crédito.

Fundada por Guilherme Benchimol, a XP Investimentos está participando com, aproximadamente, 15% do investimento necessário por meio de operação de crédito. O restante do capital é de Henrique Blecher.

A XP participará com parte do investimento necessário para viabilizar o projeto Atto, cujo custo total — incluindo terreno, outorga e obra — é de R$ 220 milhões. De acordo com a Origem, a XP deverá financiar R$ 35 milhões desse valor, com o restante sendo proveniente da própria incorporadora.

Na XP, o negócio é conduzido pelo chefe da área de Real Estate do banco de atacado, Leonardo Barbosa, segundo o qual o objetivo é a “construção de um portfólio diferenciado no mercado de alto padrão.” A expectativa dos executivos é de vender a cobertura do Atto por R$ 80 milhões.