Plaquinhas na rua? Como funciona o marketing no mercado imobiliário
em Metrópoles, 4/maio
Gabriela Rodrigues, líder de marketing da SuaQuadra, explica como a tecnologia deixou o processo mais prático, digital e seguro.
As placas de rua penduradas em frente aos imóveis residenciais ou comerciais com telefone de imobiliárias ou proprietários podem parecer bastante ultrapassadas para quem está acostumado a resolver tudo via smartphone. O estranhamento que permeia, principalmente, para os jovens, faz sentido.
Afinal, quantos sites existem atualmente que facilitam o processo de aquisição ou locação? Quando refletimos sobre o assunto, há questionamentos até sobre a efetividade da estratégia. Mas, acredite se quiser, embora pareça ultrapassada, pode ser excelente, ainda mais quando aliada com a tecnologia.
Estou falando, é claro, do marketing digital, que permite que, com apenas alguns cliques, a pessoa interessada em um imóvel acesse fotos, planta, localização e valor. A partir dessa avaliação primária, o interessado só sai de casa para conferir se os descritivos são reais.
Em pauta, podemos trazer os imóveis comerciais e o dia a dia do empreendedor brasileiro: corrido, com diversas questões e burocracias para resolver.
Bater perna em ruas específicas não pode ou deve ser uma preocupação. Sendo assim, ao utilizar recursos digitais, é possível otimizar o tempo e checar se a infraestrutura permite a construção de um negócio sólido e com possibilidades de sucesso real.
Com Google Ads e Facebook Ads, temos como compreender o comportamento do usuário e apresentar apenas imóveis que fazem sentido para ele. Sem falar que, quando entra em um site especializado, pode aplicar filtros, como bairros ou até mesmo o valor máximo de investimento.
Todos os detalhes que não são encontrados nas placas de ruas expostos em um só lugar. Mas espera aí, eu comecei esse artigo dizendo que a estratégia também oferece vantagens, só que até o momento, não as apresentei.
Bem, nós precisamos nos locomover, seja para levar o filho na escola, ir ao supermercado ou trabalho. De carro, transporte público ou a pé, é possível se deparar com as placas em vários momentos do dia. Às vezes, é o lugar certo, na hora certa. E ao ter noção de onde há disponibilidade de venda ou aluguel, até quem não quer ligar ou mandar mensagem no WhatsApp pode aproveitar e pesquisar mais sobre o ponto na internet.
O processo é inverso
Informações do Google apontam que, em 90% dos casos, a busca por imóveis começa pela internet. E sabendo disso, proprietários e imobiliárias devem estar onde o público-alvo está. A transformação digital exige isso.
Neste sentido, as estratégias de Marketing Digital são essenciais, como utilização de redes sociais. Os vídeos virais do Tik Tok estão sendo melhores amigos do mercado imobiliário. Organicamente, também indico trabalhar a produção de conteúdo para blogs e aproveitar os mecanismos de busca.
A mídia paga também é uma alternativa, pois é possível segmentar o público e apresentar o imóvel apenas para quem tem interesse real em comprar ou locar para fins residenciais ou comerciais.
Minha recomendação para quem está buscando um imóvel é aproveitar a assertividade proporcionada pela tecnologia para levantar uma lista de possíveis locais e ir pessoalmente visitar, principalmente se estivermos falando de quem está procurando para fins comerciais.
Vale lembrar que o Mapa de Empresas, divulgado pelo Governo Federal, mostrou que, no primeiro quadrimestre de 2023, foram fechadas mais de 700 mil empresas no Brasil, número que representa um aumento de 34,3% sobre o último quadrimestre de 2022. Entender o fluxo de pessoas e outros negócios parceiros pode ser o diferencial para evitar a falência.
Finalizo lembrando que o mercado imobiliário é como os demais setores: para prosperar verdadeiramente, precisam equilibrar estratégias online (marketing digital) com offline (placas de rua e anúncios impressos, como folhetos e flyers).
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