Conheça a Housi, serviço de prédio inteligente que busca zerar valor de condomínio

em IstoÉ Dinheiro, 13/maio

Em uma época que o telefone virou Smartphone e a TV virou SmartTV, a tecnologia vem cada vez mais transformando os hábitos e até as moradias. Foi aí que o empresário Alexandre Frankel viu a oportunidade de deixar os apartamentos mais inteligentes e integrados.

Ele é o fundador da Housi, empresa que nasceu em 2019 e que se anuncia como uma proptech, uma startup que atua como integradora de tecnologia para o mercado imobiliário.

A empresa já está presente em mais de 150 cidades no Brasil e seu serviço está instalado em mais de 200 mil apartamentos. A Housi oferece aos prédios um aplicativo que conecta o morador a uma série de serviços e produtos como lavanderia coletiva, carro e bicicletas compartilhadas, mini mercados e o que mais o edifício demandar.

“Quando você tem um computador ou um celular, ele não é nada sem o sistema operacional. Você só consegue baixar programas e aplicativos se você tiver o Android ou o Windows instalado. A gente enxerga que um prédio é um hardware e que precisa de um sistema operacional para ficar inteligente. Aí que a gente entra”, explica Frankel em entrevista à IstoÉ Dinheiro.

Como funciona o negócio?

Os prédios que contratam o serviço da Housi podem escolher quais equipamentos serão instalados fisicamente. As opções são armários inteligentes para locação de ferramentas como furadeiras e parafusadeiras; espaço para a compra de remédios; geladeiras com água, cerveja, refrigerante ou vinho; lavanderia inteligente; carro compartilhado na garagem; carregador de carros elétricos; bicicletas para locação, entre outros.

Todo morador de um prédio com a tecnologia tem acesso ao aplicativo Housi AppSpace em que ele pode fazer compras, reservar espaços e contratar serviços como faxineiras.

Para oferecer mais serviços, a empresa conta com a parceria com mais de 100 empresas como Ambev, Cacau Show, Renault, Petz, Nestlè entre outras.

O empresário também explica que a empresa já está atuando em mais de 300 condomínios e que a contratação dos serviços pode ser feita em vários momentos: antes, durante e depois da construção do prédio. O que faz com que até mesmo em um prédio mais antigo, o síndico possa contratar os serviços da empresa.

Parte do valor das transações fica com o condomínio, o que pode fazer com que, quanto mais pessoas usem os serviços, mais barato ele fica.

“Já tivemos caso de redução de 50% no valor do condomínio e nossa meta é que ele possa chegar a zero”, diz Frankel, que também é um dos fundadores da incorporadora Vitacon.

O valor das compras no aplicativo é dividido por três: uma parte vai para o fornecedor, uma parte fica para o condomínio e uma parte vai para a Housi.

Sistema ajuda valorizar imóvel e agiliza venda

Outra vantagem que a integração tecnológica pode ter é a valorização do imóvel. Segundo a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), a venda de um imóvel no Brasil demora, em média, 16 meses. Já a locação leva, em média, quatro meses, de acordo com o Sindicato da Habitação de São Paulo.

Nos condomínios onde atua, Alexandre afirma que há uma queda, em média, de 30% de tempo na hora da venda e 18% a mais na valorização. No aluguel, a valorização pode chegar a 50%.

Depois de nascer em prédios mais concentrados em áreas centrais das cidades, a companhia ampliou a sua participação no mercado e busca crescer até mesmo em apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida.

Segundo o empresário, a empresa já conta com um faturamento anual de R$ 300 milhões e planeja investir R$ 120 milhões em 2024.

“Somos uma empresa de pura tecnologia, não temos um ativo, não somos donos de nenhum apartamento. O que a gente faz é unir essas três pontas: a indústria, o morador e o proprietário do prédio”, resume Frankel.


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