Apartamentos econômicos são sucesso em São Paulo
em O Reporter Regional, 29/julho
Imóveis com menos de 45 metros quadrados são tendência no mercado imobiliário.
Os apartamentos compactos e econômicos caíram no gosto dos brasileiros e, principalmente, dos paulistas. De acordo com dados mais recentes divulgados pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), mais da metade dos imóveis lançados na capital paulista entre maio de 2023 e abril de 2024 (53,5%) eram da categoria.
Outros dados do Secovi-SP mostram a adesão dos paulistas por esse tipo de empreendimento. Em 12 meses, as vendas na cidade de São Paulo chegaram a 84,7 mil unidades, com um valor global de R$ 48,7 bilhões.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostrou que, no ano passado, a venda de imóveis novos cresceu 32% em relação ao ano anterior, subindo de 123 mil unidades para 163 mil. Boa parte das vendas corresponde a apartamentos econômicos.
Entre os motivos que fazem desses imóveis os queridinhos entre os paulistas estão a economia de custos e a praticidade, já que muitos costumam estar localizados em regiões que oferecem boa infraestrutura de comércio, serviços e transporte.
Para quem procura por esse tipo de moradia, além dos lançamentos, há a alternativa de buscar por um leilão de imóveis São Paulo, modalidade que pode reduzir ainda mais os custos da aquisição.
Jovens casais são o principal público-alvo
Os apartamentos compactos têm de um a dois dormitórios e, em média, menos de 45 metros quadrados. O modelo dominou as grandes cidades e criou um nicho voltado para o público jovem adulto, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).
Casais jovens, sem filhos e que ainda estão se consolidando no mercado de trabalho representam o perfil de morador desse tipo de imóvel. O Sinduscon aponta que esse público passa a maior parte do tempo fora de casa e, por isso, espaços menores dão praticidade na hora de cuidar e limpar.
É o caso do militar Lohan Tassona e da jornalista Vanessa Barcellos que, ao buscarem pelo primeiro imóvel, encontraram uma opção mais econômica, com 43 metros quadrados. “Muitos acham pequeno, mas o apartamento compacto foi o ideal para nós dois. Na correria do dia a dia, é mais prático para limpar, manter as coisas em ordem e redecorar sempre que sentimos vontade”, avalia Lohan.
“Temos dois quartos, e um ficou como escritório, enquanto ainda não temos filhos. No futuro, talvez a gente procure por algo maior, mas, certamente, ainda vai demorar um bom tempo”, conclui o militar.
Uma característica específica dos imóveis econômicos ou compactos é que, para aproveitar ao máximo a metragem, os espaços costumam ser otimizados com o uso de móveis planejados. Além disso, não costumam ter área de serviço. Em alguns casos, o local para a instalação da máquina de lavar fica no mesmo ambiente da cozinha.
Como economizar na compra de um imóvel em São Paulo
Por terem uma metragem menor, os apartamentos compactos são mais econômicos do que os outros tipos de imóveis. Mas para quem quer economizar ainda mais na compra de uma propriedade, há algumas dicas que podem ajudar.
Segundo o portal Jus Brasil, os leilões de imóveis são a modalidade de compra mais econômica no mercado. Os interessados em adquirir um apartamento podem encontrar preços, em média, entre 40% e 60% abaixo do valor de mercado.
Os leilões estão divididos em duas categorias diferentes: a primeira são os judiciais que, como o próprio nome diz, acontecem por intermédio da justiça. A segunda alternativa são os extrajudiciais, organizados pelos bancos, sem a necessidade de intervenção da justiça, como o leilão de imóveis do Banco Itaú.
Ainda conforme o Jus Brasil, os leilões costumam aceitar parcelamento e financiamento. A última modalidade é, inclusive, citada pela Associação Brasileira dos Profissionais de Educação Financeira (Abefin) como uma das formas de economizar na hora de comprar um imóvel.
Uma dica dada pela Serasa para evitar imprevistos e conseguir continuar economizando na compra de um imóvel, como os apartamentos compactos, é sempre considerar gastos extras. A organização explica que muitos brasileiros esquecem de contar com os custos do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e da escritura que formaliza a compra do imóvel.
Quando essas despesas não são contabilizadas, o proprietário é pego de surpresa e pode acumular dívidas. Além disso, a Serasa também considera importante fazer uma reserva de emergência para possíveis imprevistos com obras e reformas.
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