Construção civil investe mais de R$ 296 milhões em segurança do trabalho

em Diário do Comércio, 4/março

Houve um aumento de 74% nos aportes para segurança do trabalho na construção civil, em relação a 2022.

O setor nacional da construção civil e a incorporação imobiliária investiram mais de R$ 296 milhões na área de segurança do trabalho em 2023, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em canteiros de obras no país.

O levantamento constatou que, no último ano, os investimentos para garantir a integridade física dos colaboradores cresceram 74% em relação a 2022.

Segundo o estudo de Acidentes de Trabalho nas Obras, que ouviu gestores de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) de 952 canteiros de obras, a indústria da construção civil e da incorporação imobiliária gastou, mensalmente, para cada funcionário, cerca de R$ 190 em equipamentos de proteção individual.

As medidas preventivas nas obras não estão restritas aos itens de segurança individual ou coletiva dos funcionários, mas também incluem cursos sobre as normas técnicas específicas, legislações e demais aspectos que envolvem a saúde e segurança dos trabalhadores.

Assim, também foram investidos, ao longo do ano, mais de R$ 133 milhões em equipamentos de proteção coletiva, uma média de R$ 11.640 por mês, em cada obra. Já os trabalhadores participaram de aproximadamente 6,6 horas de treinamentos preventivos por mês.

Investimentos impulsionaram a redução do número de acidentes

Segundo a associação, os aportes se traduzem em menor incidência de acidentes e maior produtividade. O estudo destaca que a incidência de ferimentos em alguma parte do corpo foi de apenas 0,02%. A Taxa de Frequência (TF), que funciona como uma estimativa de acidentes por milhão de horas trabalhadas, ficou em 11,6, o que é considerado muito bom.

A Taxa de Gravidade (TG), que indica quantos dias de trabalho foram perdidos por afastamento, incapacidade permanente ou morte para cada 1 milhão de horas de trabalho realizadas em função dos acidentes em 2023, foi considerada muito boa, ficando em 98,4 em 2023.

Neste indicador, uma pontuação até 500 é considerada muito boa; de 500,01 a 1.000, é uma situação boa; de 1.000,01 a 2.000, níveis regulares; e, acima de 2.000, péssima.

“A indústria da construção civil segue evoluindo em várias frentes no Brasil, para garantir um bom cenário para investimentos, geração de empregos e trabalhar na diminuição do déficit habitacional”, diz o presidente da Abrainc, Luiz França.


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