Mercado imobiliário tem a maior valorização dos últimos 10 anos

em Monitor Mercantil, 9/agosto

Balneário Camboriú é a cidade com o metro quadrado mais valorizado do país.

Os preços dos imóveis residenciais no Brasil registraram a maior alta em uma década, segundo o Índice FipeZAP de Venda Residencial. O crescimento em julho foi de 0,76%, maior variação mensal desde 2014, quando o aumento foi de 0,77%. A alta do índice demonstra o aquecimento do mercado imobiliário nacional, com destaque para Santa Catarina, que tem as quatro cidades com o metro quadrado mais valorizado do país. Balneário Camboriú (0,90%) está no topo do ranking há mais de dois anos e tem o m² médio avaliado em R$ 13.379. Em segundo está Itapema (1,57%) com o preço do m² apenas R$ 213 menor do que a primeira do ranking, avaliado em R$ 13.166. Em terceiro e quarto estão Itajaí (1,36%) com o m² em R$ 11.438 e Florianópolis (0,75%) com R$ 11.426.

As cidades catarinenses não só lideram em termos de preço por metro quadrado, mas também apresentam uma valorização média que supera a média nacional. Florianópolis, por exemplo, acumulou uma valorização de 10,77% nos últimos 12 meses, enquanto Itajaí e Itapema registraram aumentos de 12,17% e 12,50%, respectivamente. Esses números reforçam a posição de Santa Catarina como um dos principais polos imobiliários para investimentos do país.

Até julho de 2024, a valorização acumulada dos preços residenciais no Brasil foi de 4,34%, bem acima da variação dos preços segundo o IGP-M/FGV 1,71% e também acima da inflação 2,79%, considerando o valor provisório de acordo com o IPCA até junho de 2024.

Com base no comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras, o Índice FipeZAP registrou um aumento de 0,76% em julho de 2024. O resultado representou uma aceleração do índice em relação em junho (0,61%) e também a maior variação mensal do índice desde janeiro de 2014 (0,77%).

Até julho, o Índice FipeZAP de Venda Residencial acumulou uma valorização de 4.34% no ano, resultado que se manteve acima da variação dos preços da economia segundo o IGP-M/FGV (1,71%), assim como da inflação ao consumidor de 2,79%, considerando os resultados do IPCA no ano até junho de 2024 e o IPCA-15 de julho de 2024. Destacam-se em relação a a alta nominal nos preços residenciais as cidades de Curitiba (11,71%); João Pessoa (9,12%); Salvador (8,81%); Goiânia (7,47%); São Luís (7,36%).

Incorporando os últimos resultados mensais, o Índice FipeZAP registrou uma valorização acumulada de 6,53% em 12 meses, superando a variação do IGP-M/FGV (3,82%), bem como prévia da inflação ao consumidor, dada de forma provisória pelo comportamento do IPCA até junho de 2024 e do IPCA-15 em julho de 2024 (4,42%). Imóveis com um dormitório registraram valorização acima da média (6,50%), contrastando com a menor variação entre unidades com quatro ou mais dormitórios (5,58%).

Com base em informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em julho de 2024, o preço médio calculado foi de R$ 9.082/m².

Já o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou queda de 0,18% em julho, marcando uma desaceleração em comparação com a taxa de 0,61% registrada em junho. Esse resultado contribuiu para reduzir a variação acumulada em 12 meses para 9,90% em julho de 2024, representando uma diminuição de 0,76 ponto percentual em relação aos 10,66% reportados no mês anterior, junho de 2024.

Entre junho e julho de 2024, o indicador apresentou mudanças expressivas nas principais capitais brasileiras. Em São Paulo, houve uma notável queda, com o índice passando de 3,55% em junho para -1,11% em julho. Em contraste, o Rio de Janeiro reverteu a queda registrada em junho e volta a acelerar, com o índice saindo de -5,01% em junho para 1,23% em julho. Belo Horizonte ainda continua registrando queda, com o Ivar passando de -2,76% para -0,71% no mesmo período. Por outro lado, Porto Alegre segue em aceleração, com o índice saindo de 0,77% para 0,88%.

A taxa interanual do aluguel residencial apresentou aceleração em duas das quatro cidades analisadas. Em Porto Alegre, a taxa subiu de 12,50% para 12,85%, refletindo o ritmo mais intenso de aumento dos aluguéis entre as cidades componentes do Ivar. No Rio de Janeiro, a variação anual avançou de 9,97% para 10,21%, indicando uma retomada no crescimento dos preços de aluguéis residenciais nessa região. Em contraste, Belo Horizonte registrou desaceleração significativa na taxa interanual, onde a taxa acumulada passou de 14,71% para 11,08%. Em São Paulo, a queda nos preços também foi significativa, com o índice saindo de 7,34% em junho para 6,53% em julho de 2024.


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