O que os cariocas mais valorizam ao alugar ou comprar um imóvel

em Diário do Rio, 29/outubro

Pesquisa revela que rede de fibra óptica, quintal e suíte privativa são prioridades para os moradores do Rio. Segundo corretores, porém, o item mais importante são os armários.

Rede de fibra óptica para internet, quintal e suíte com banheiro privativo são as características mais valorizadas pelos cariocas ao escolher um imóvel. Esses dados vêm de um estudo conduzido pela imobiliária online paulistana Loft, em parceria com a Offerwise, que entrevistou 300 moradores do Rio de Janeiro entre 18 de setembro e 11 de outubro.

De acordo com o levantamento, 19,3% dos entrevistados destacaram a rede de fibra óptica como um item indispensável, seguido por quintal (18,3%) e suíte com banheiro privativo (17,7%). “Essas informações são valiosas para corretores, pois ajudam a destacar características com alta demanda”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Para Wilton Alves, diretor de locações da veterana Sergio Castro Imóveis, a pesquisa leva em conta coisas muito procuradas pelos mais jovens, mas que a principal pergunta respondida por seus corretores é se o imóvel possui armários. “Armários custam um dinheiro importante, e nenhum inquilino quer gastar com isso. Um imóvel sem armários na cozinha e quartos está nu, e será o último a ser alugado”, explica.

A pesquisa também explorou preferências com base em gênero e faixa etária. Os homens tendem a priorizar a fibra óptica (24,5%), enquanto as mulheres preferem quintal (20,4%). Já entre os adultos com mais de 55 anos, a vaga de garagem foi a opção mais valorizada (28,1%). Alves explica que segundo o levantamento da própria Sergio Castro, as vagas de fato tem um importante papel na busca por imóveis, mas que vem caindo vertiginosamente: “antes, um imóvel de três quartos sem vaga em Copacabana, por exemplo, era quase impossível de alugar. Hoje, se for longe de favela e estiver em bom estado, tem fila”.

Outros dados da pesquisa

Além das preferências por características específicas, o estudo questionou os participantes sobre o valor que estariam dispostos a pagar pelo imóvel ideal. Na classe A, 22,2% consideram razoável investir entre R$400 mil e R$500 mil em uma compra. Na classe B, o teto fica em R$300 mil (18,8%), enquanto para a classe C, a faixa de R$100 mil a R$200 mil é a mais mencionada (23%).

No que diz respeito ao aluguel, a faixa de R$1 mil a R$2.500 foi a mais comum para todas as classes. “É surpreendente ver essa faixa prevalecer, considerando o impacto diferente que esse valor tem em cada faixa de renda”, afirma Takahashi.


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