Consórcio imobiliário cresce no Brasil e movimenta mais de R$ 12 bilhões no mercado

em A Tribuna, 1º/outubro

Modalidade soma quase dois milhões de participantes ativos.

Com quase dois milhões de participantes ativos, o consórcio de imóveis vem alcançando números cada vez mais expressivos no País. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), a modalidade avança apoiada em diferentes razões, entre elas, o aumento de patrimônio para obtenção de renda extra.

“O consórcio de imóveis, terceiro maior setor em número de consorciados ativos, tem sido a opção mais simples e econômica para realização do sonho da casa própria e apresentou grande procura no mês de agosto, registrando recorde de adesões nos últimos 20 anos, com vendas superiores a 145 mil cotas”, afirma o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi.

De acordo com o executivo, a modalidade tem mostrado resultados crescentes. No último mês de agosto, o tíquete médio mensal atingiu R$ 220 mil, um acréscimo de 26% em relação a agosto de 2023.

Ainda segundo levantamento da entidade, de janeiro a julho deste ano, 65,25 mil consorciados foram contemplados, possibilitando uma injeção financeira de R$ 12,14 bilhões no mercado imobiliário durante o período. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), houve potencial participação de 17,8% da modalidade no total de 367,45 mil imóveis financiados nos primeiros sete meses de 2024.

“Apoiado na essência da educação financeira, o brasileiro tem procurado formar ou ampliar seu patrimônio, gerindo sua vida financeira, sem arcar com o ônus dos juros, com equilíbrio orçamentário e exercendo seus compromissos financeiros com tranquilidade, avaliando as oportunidades para aquisição de imóvel e planejando a médio e longo prazos a casa própria via consórcio”, afirma Rossi, lembrando que a modalidade, ao contrário do financiamento imobiliário tradicional, não prevê o pagamento de juros, apenas de taxa de administração.

Especialista em consórcios, a empresária Lucilene Katibian, da Ademicon-Santos, afirma que o avanço da modalidade no setor imobiliário pode ser sentido também na Baixada Santista. “A procura pelo consórcio de imóveis em Santos e região está cada vez mais aquecida. Nossa unidade de negócios cresceu 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Temos cada vez mais pessoas interessadas em saber como funciona o produto”, conta.

Também para Lucilene, a ausência da taxa de juros é o maior atrativo. “Isso se deve a diversos fatores: aumento exponencial das taxas de juros, que reflete diretamente no financiamento imobiliário; consciência sobre a importância do planejamento financeiro; segurança na aquisição por ser uma operação regulamentada pelo Banco Central; facilidade na contratação e na aquisição do crédito após a contemplação”, acredita a especialista em consórcios.


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