Estádio do Flamengo promete revitalizar o bairro de São Cristóvão
em O Globo, 29/outubro
A promessa de construção da nova sede do clube no bairro desperta o interesse das construtoras e dos compradores.
Primeiro, foram as habitações de tamoios e temiminós. Em seguida, chegaram os portugueses com seus casebres. No século XIX, vieram os nobres e seus palacetes, cuja joia da coroa é o Museu Nacional, residência da Família Real até a Proclamação da República. Os ricos se mudaram para outras regiões da cidade, dando espaço para as moradias típicas do subúrbio carioca. Pois é: há séculos, São Cristóvão vive ondas de ocupação, que remodelam seu espaço urbano.
Agora, ao que tudo indica, os megacondomínios são a bola da vez nesse processo. Impulsionado por sua inclusão na área do Porto Maravilha, pela inauguração do Terminal Gentileza e pela badalada promessa de construção do Estádio do Flamengo no terreno do Gasômetro, o bairro tem despertado o interesse de incorporadoras e compradores.
Um termômetro desse movimento é o aumento do número de consultas sobre São Cristóvão registrado na Sérgio Castro Imóveis: 36% entre o primeiro semestre deste ano e o último do ano passado. E mais: o anúncio de que o Flamengo construirá seu estádio no bairro fez as buscas por imóveis na região crescerem quase 60%.
— São muito animadoras as perspectivas. Nossos clientes até demonstram certa preocupação com a gestão do bairro, mas, claramente, são apaixonados pela História dele e pela Quinta da Boa Vista. De qualquer forma, há a expectativa de que São Cristóvão vai se transformar em um agradável bairro residencial. Observar o que está acontecendo no Porto Maravilha contribui muito para essa impressão — afirma o diretor da imobiliária, Claudio Castro.
Processo de expansão
O presidente do Sinduscon-Rio, Claudio Hermolin, também acredita que o bairro viverá um processo de expansão e renovação por causa da ampliação dos benefícios do Porto Maravilha, que possibilita a construção de empreendimentos de grande porte, e do Terminal Gentileza, que aumentou a oferta de transporte público em uma região que já contava com trem e metrô. Por fim, abrigar um grande equipamento, como um estádio de futebol, é por si só uma alavanca de crescimento.
— O estádio é a cereja do bolo, um importante vetor de atração de público. E o bairro ainda tem áreas que podem ser transformadas em residenciais, como conjuntos de casas e galpões. São fatores que despertam o interesse das incorporadoras e terminam por valorizar ainda mais a região — explica Hermolin.
A Riva Incorporadora já prepara um novo lançamento em São Cristóvão para 2025, que vai se somar aos dois residenciais que está desenvolvendo no bairro. Até agora, já foram disponibilizadas no mercado pela construtora quase 800 unidades, com tipologias de quarto e sala a três quartos.
— Trata-se de um excelente bairro para investir: próximo do Centro, com lazer, serviços, hospitais e transporte público variado e muita História. Vamos participar com força da revitalização daquela área — diz o gerente Comercial da Riva, Rodrigo Sasportes.
Espalhado pelo território que faz divisa com outros bairros históricos — Caju, Santo Cristo, Benfica, Praça da Bandeira, Maracanã, Mangueira e Vasco da Gama —, São Cristóvão tem cerca de 26 mil habitantes, mas a população vai aumentar se depender da Cury Construtora. A empresa já lançou no bairro dois projetos com 900 unidades de dois e três quartos, com lazer completo, e prepara mais dois lançamentos com estúdios e quarto e sala.
— São Cristóvão tem potencial para se tornar um bairro com públicos de diversas classes sociais. Um exemplo de ocupação sem segregação muito interessante para o carioca e para a cidade como um todo — pontua o vice-presidente Comercial da construtora, Leonardo Mesquita.
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