Mansões suspensas chegam ao mercado carioca de luxo
em O Globo, 15/dezembro
Projetos reúnem as comodidades de uma casa, com privacidade, espaços generosos e acessos privativos, e a segurança oferecida pelos condomínios.
O que é mais interessante e vantajoso: viver em uma casa ou em um apartamento? As vantagens e desvantagens de cada tipo de moradia sempre geram dúvidas que permeiam a escolha do imóvel ideal. Mas, para poucos felizardos, essa questão está com os dias contados. O mercado imobiliário carioca tem criado projetos que unem as benesses de cada um, criando residências mezzo casa, mezzo apartamento: as mansões suspensas — ou nos ares — em residenciais de alto padrão.
O conceito envolve ter todas as comodidades de uma casa, porém, nas alturas. Na prática, isso se reflete em apartamentos cujo projeto conta com áreas ao ar livre ou até jardins particulares, espaços generosos para lazer ou bem-estar e suítes para todos os moradores, com metragens pouco comuns no mercado. No Rio, as mansões suspensas começam a dar o ar da graça em projetos na região da Barra da Tijuca e em bairros da Zona Sul.
O Insigna, parceria da Azo com a Carvalho Hosken, no bairro planejado Península, é um bom exemplo. As unidades assinadas pelo escritório Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados têm três tipos de casas: house (térreas com quintal), classic (suspensas com varanda gourmet) e penthouse (coberturas com terraço gourmet e piscinas exclusivas). As plantas variam de 264 a 369 metros quadrados com pé-direito de até 3,5 metros de altura nas áreas sociais e 2,9 nas áreas íntimas. No primeiro fim de semana do lançamento, 30% das unidades foram vendidas.
— Uma particularidade são os acessos independentes, com elevador social exclusivo e vagas de garagem privativas, unindo o conforto de viver em uma casa independente com a segurança de um condomínio — diz o CEO da Azo, José de Albuquerque.
O Belavista Residencial, que a Sig Engenharia e o Opportunity FII vão erguer em Ipanema, segue o mesmo conceito. São 19 unidades, uma por andar: 17 apartamentos de 304 metros quadrados, um up garden de 514 e uma cobertura duplex de 609, além de um andar inteiro dedicado ao bem-estar, com spa de 480 metros quadrados, onde os afortunados moradores poderão percorrer dois circuitos: o Vitalidade tem jatos de alta pressão, piscina de nado estacionário e imersão de contraste, com alternância de água quente e fria; e o Relaxamento tem comfort shower, que permite alternar ducha quente ou fria, e saunas úmida e seca com infravermelho.
— O projeto tem vista para a Praia de Ipanema, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Morro Dois Irmãos, o que já é um diferencial e tanto. Como havia muito tempo sem um lançamento assim na Zona Sul, tinha um nicho de compradores interessados em unidades desse padrão — observa um dos gestores do Opportunity, Marcelo Naidich.
Estilo tradicional
Quem prefere casa em estilo tradicional também tem seu nicho de mercado. O Claris Casa&Clube, lançamento da Tegra Incorporadora com a Carvalho Hosken, no Parque das Rosas, na Barra da Tijuca, propõe plantas amplas e flexíveis, que se adequam às necessidades de cada família. As plantas de três a quatro suítes têm de 318 a 580 metros quadrados e permitem a inclusão de mais um quarto. Com três pavimentos e subsolo para garagem e serviços, a residência combina a exclusividade de uma área de lazer própria, com piscina e espaço gourmet, com a estrutura de um clube.
—O zoneamento da Barra da Tijuca permite a oferta de residenciais com arquitetura em escala mais humanizada, projetos horizontais e prédios mais baixos de alto e altíssimo padrões. Precursora dos condomínios horizontais nos anos de 1970, a região agora tem projetos que aliam grandes metragens e lazer diferenciado — destaca o gerente-geral de Novos Negócios da Tegra no Rio de Janeiro, Felipe Shalders.
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